Estudo da morfologia da camada híbrida e da nanoinfiltração de um sistema adesivo universal

Abstract

Tese de Mestrado, Medicina Dentária, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina Dentária, 2014Objetivo: Caracterizar a morfologia da camada híbrida e quantificar a nanoinfiltração originada por um sistema adesivo universal utilizado com as estratégias de adesão self-etch (SE) e etch&rinse (ER). Materiais e Métodos: 36 molares foram divididos em três grupos (A – sistema adesivo; B – sistema adesivo e camada de resina hidrófoba; C – sistema adesivo e camada de resina hidrófoba sujeitos a pressão pulpar de 77 cmH2O), e dentro destes, em quatro subgrupos, de acordo com o sistema adesivo estudado: Easybond, Scotchbond 1XT, e Futurabond U utilizado como SE e ER (n=3). Após aplicação do sistema adesivo e restauração com resina composta, os espécimes foram seccionados longitudinalmente, sendo metade dos hemi-discos preparados para caracterização de camada híbrida, e outra metade preparados para visualização de nanoinfiltração. A percentagem de nanoinfiltração foi medida na interface, e os dados obtidos foram sujeitos a testes não paramétricos de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney com uma significância de 5%. Resultados: A camada híbrida não foi identificável na maioria dos grupos, nomeadamente nos SE. Nestes observam-se poucos prolongamentos de resina, em oposição aos ER. Nos grupos A e B não são identificadas diferenças, mas no grupo C estas observam-se na estrutura da interface. A nanoinfiltração, observada em todos os grupos e subgrupos, foi estatisticamente diferente (p <0,05) apenas entre os subgrupos do Grupo B. A comparação entre grupos mostrou diferenças entre Grupo A e B e entre Grupos B e C. Conclusões: A camada híbrida é apenas visível nos sistemas ER, não apresentando diferenças após aplicação da camada de resina hidrófoba. Quando aplicada pressão pulpar, surgem defeitos na camada híbrida e adesiva. De todos os espécimes avaliados, só num (Futurabond SE; grupo B) não foi detetada nanoinfiltração. A nanoinfiltração diminui com a aplicação de uma camada de resina hidrófoba e aumenta com a pressão pulpar.Objective: The purpose of this study is to characterize the morphology of the hybrid layer and quantify nanoleakage caused by a universal adhesive system with different etching modes: self-etch (SE) and etch & rinse (ER). Materials and Methods: 36 molars were divided into three groups (A - adhesive system, B - adhesive system and hydrophobic resin layer; C - adhesive system and hydrophobic resin layer with 77 cmH2O pulpal pressure), and within these, in four subgroups, according to the adhesive system studied: Easybond, Scotchbond 1XT and Futurabond U used as ER and SE (n = 3). After application of the adhesive system and composite, the specimens were longitudinally sectioned, with half of the hemi-discs prepared for hybrid layer characterization, and another half prepared for nanoleakage. The nanoleakage was measure in the interface, and the data were subjected to non-parametric Kruskal-Wallis and Mann-Whitney tests. Statistical testing was performed at a 0.05 level of significance. Results: The hybrid layer was not identified in most groups, particularly in the SE. These showed few resin tags, as opposed to the ER. No differences were identified between groups A and B, but they were observed in group C, in the interface’s structure. Nanoleakage was statistically different (p<0.05) only between subgroups of Group B. There were significant differences between Group A and B and between B and C. Conclusions: Hybrid layer is only visible in the ER systems; there are no significant differences when hydrophobic resin layer is applied. Under pulpal pressure, the hybrid and adhesive layer show morphological defects. Futurabond U in the SE mode was the only one that yielded a specimen without nanoleakage, in group B. The nanoleakage decreases with the application of a hydrophobic resin layer and increases under pulpal pressure

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