Coelho Quintino, Laís

Magro Pereira, Thaiara

Vogel, Marcos

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Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (IQ/UFBA)  XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012.  Área do trabalho: FP  O QUE UM PROFESSOR TEM QUE SABER PARA ENSINAR QUÍMICA – UMA VISÃO DOS LICENCIANDOS DO CCA/UFES Thaiara Magro Pereira1 (IC), Laís Coelho Quintino² (IC), Marcos Vogel3 (PQ) 1,2,3Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Agrárias, Alegre, ES Palavras-Chave: Saberes docentes, Licenciatura. Introdução Muito se fala sobre saberes docentes, o que o professor precisa saber/entender para o exercício de sua profissão. Porém, poucos compreendem quais são esses saberes e como são e/ou devem ser aplicados na escola e na sociedade (VOGEL,2008). Então, questiona-se, que saberes são necessários para o exercício da docência, mais especificamente para o ensino de química? Como esses saberes estão atrelados à construção da identidade docente? Muitas vezes a sociedade entende o professor como um “transmissor de conhecimento” e que para tal, ele necessita saber o conteúdo ministrado através de um conhecimento puramente técnico. Pensadores da área de educação, no entanto, citam a importância de outros saberes importantes à formação profissional do professor. PERRENOUD (2000), fala em dez competências para ensinar dando maior ênfase à competência técnica, mas valorizando as outras dimensões da competência para a docência.  A partir das observações, deseja-se, investigar as marcas dos saberes sociais sobre o que é “ser professor” dos ingressantes de um curso de licenciatura em QUÍMICA. Para tal, realizou-se a um questionário para alunos ingressantes no curso de Licenciatura em Química, em 2011/02, do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo. O questionário era composto por nove questões relacionadas: à educação escolar anterior do aluno, às suas opiniões sobre os saberes docentes e sobre suas expectativas sobre a profissão. Para essa comunicação, foi analisado o seguinte questionamento - “O que um professor tem que saber para ser professor?”. As respostas foram categorizadas a partir das propostas das “10 competências para ensinar” (PERRENOUD, 2000), apresentadas na Fig. 1.  Resultados e Discussão Pela análise da Fig. 1, pode-se aferir que a competência de número 1, no item que é “Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem” de PERRENOUD (2000) é a mais lembrada pelo grupo, tal fato pode ser explicado pelo histórico escolar deste aluno, uma vez que muito se falava e ainda se discute sobre o monopólio do saber técnico da disciplina.  Fig. 1 - respostas da questão “O que um professor tem que saber para ser professor?”.   A categoria 11, ausente na obra de PERRENOUD (2000), indica a necessidade das relações interpessoais do professor, humanizando sua figura. Tal abordagem pode ser confundida com a competência 5(v) “administrar crises e conflitos interpessoais” citada uma vez. Porém a categoria 11 vai além, indicando um contato mais sistêmico na relação professor/aluno.  VOGEL (2008), citando NÓVOA (2002), apresenta a complexidade do ato de ensinar, uma vez que, o aprendizado só se dá a partir do momento em que o aluno permite e colabora com tal processo. A complexidade do ato de ensinar é abordada pelos discentes quando indicam, que o espaço escolar é cheio de negociações. Tal fato é representado pelas competências 2, “Administrar a progressão das aprendizagens”; e 3, “Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação”. Conclusões A partir dos dados categorizados, concluímos que o conhecimento técnico, bastante lembrado pelos licenciandos, ainda é a tônica no processo de formação de professores. Os outros saberes, associados à formação continuada, Tecnologia da Informação  e formação integral do professor, ainda estão distantes do campo visual destes ingressantes. Faz-se necessário, um trabalho intenso, no interior do curso de formação, para construir junto a esses alunos as outras competências deste professor da pós-modernidade.  ____________________ VOGEL, M.. O recomeçar de cada memória: relatos autobiograficos de professores de quimica da rede estadual publica paulistana. 111 pág. Dissertação(mestrado) – Universidade de São Paulo. 2008.  PERRENOUD, P. . 10 Novas Competências para Ensinar. Tradução: Patrícia Chittoni Ramos. Ed. Artimed. 2000. São Paulo.   

O que um professor tem que saber para ensinar química – uma visão dos licenciandos do CCA/UFES

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