A. de O. Morais, Virgínia

A. S. Mesquita, Nyuara

C. A. Lima, Camila

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Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (IQ/UFBA)  XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012. Formação de Professores (FP) Organização dos estágios da Licenciatura em Química nas IES da cidade de Goiânia-GO: reflexões sobre as necessidades formativas.  Camila C. A. Lima1(IC)*, Virgínia A. de O. Morais1(IC) e Nyuara A. S. Mesquita1(PQ) milazinhalima@hotmail.com 1Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas (LEQUAL) - Instituto de Química/UFG    Palavras-Chave: Estágio, Licenciatura em Química, PPC.  Introdução  O estágio consiste em uma importante etapa da formação dos profissionais em várias áreas. Na formação de professores o estágio acontece no ambiente escolar visando à inserção do futuro professor no contexto profissional buscando associar os conhecimentos acadêmicos às situações didático-pedagógicas1.  A visão do estágio como campo de aprendizagem e construção de saberes docentes precisa estar delineada nos Projetos Pedagógicos de Cursos (PPC) que se constituem enquanto propostas de concretização da identidade e do perfil profissional apresentada por cada instituição. De acordo com a legislação, a carga horária do estágio é de 400 horas e as instituições de formação de professores criam seus próprios mecanismos de organização do estágio 2.  Tendo em vista esse aspecto, esta pesquisa objetivou investigar de que forma os cursos de Licenciatura em Química das instituições de ensino superior (IES) de Goiânia estão organizando suas propostas pedagógicas a partir do Projeto Pedagógico de Curso (PPC) para fazerem com que essas 400 horas contribuam de forma efetiva para uma formação inicial que considere as atuais necessidades formativas do profissional docente.  A coleta de dados para a pesquisa foi realizada a partir da análise documental de PPCs dos três cursos de Licenciatura em Química oferecidos pelas IES na cidade de Goiânia-GO. O foco investigativo centrou-se na proposta de apresentação do Estágio Supervisionado a ser trabalhado na instituição considerando a estrutura organizacional e a concepção formativa implícita na proposta.  Resultados e Discussão Em relação à estrutura organizacional dos estágios todas as três instituições cumprem a normativa legal de inserção do estágio a partir do quinto período letivo. Tal aspecto é considerado um avanço no sentido de superar o modelo da racionalidade técnica e caminhar no sentido de efetivação da racionalidade prática como modelo de formação docente. Conforme a divisão apresentada para o PPC da IES 3, o entendimento do estágio  corresponde à concepções que compreendem as etapas do estágio divididas em observação, semi regência e regência 3. Quanto aos outros dois, não há como inferir, a partir dos documentos, de que forma se dividem os estágios. Como o PPC se constitui como o documento norteador para a concretização da proposta pedagógica do curso, torna-se necessário que a organização pertinente aos estágios esteja clara neste documento.  Em relação à concepção formativa inserida no PPC, partimos da descrição dos objetivos do estágio apresentados nos documentos para iniciarmos nossa análise. O objetivo do estágio no PPC da IES 2 está transcrito a seguir: Colocar o estudante da licenciatura em contato com o ambiente profissional, discutindo o trabalho didático-pedagógico no ensino fundamental e médio, garantindo ao estudante conhecimentos extracurriculares que totalizem, no mínimo, 400 horas.  O PPC 2, apesar de fundamentar os objetivos do estágio na questão da discussão do trabalho pedagógico, perde-se na explicação, pois apresenta a compreensão de que o estágio possibilita ao estudante conhecimentos extracurriculares. Tal concepção mostra-se equivocada no sentido de que os conhecimentos relativos ao estágio são curriculares e considerados intrínsecos à construção dos saberes docentes pertinentes à formação inicial.  Conclusões Tendo como foco o estágio supervisionado, identificamos que os documentos não deixam claro de que forma se efetivará o cumprimento da carga horária referente às 400 horas de estágio, pois as etapas do estágio apresentadas nos documentos como observação, semi-regência e regência não são especificadas de maneira detalhada nos textos. Podemos inferir que há falta de clareza em relação aos principais objetivos do estágio o que pode comprometer a concretização da proposta pedagógica do curso e a própria identidade profissional pretendida pela instituição. Salientamos que identificar e analisar tais aspectos leva à necessária reflexão sobre a qualidade formativa no contexto das licenciaturas em química. ____________________ 1SILVA, R. M. G. SCHNETZLER, R. P. Química Nova. 2008, v. 31, n. 8. 2BRASIL, Resolução CNE/CP Nº 1 de 18 de fevereiro de 2002. 3 BARREIRO, I. M. F. GEBRAN, R. A. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na Formação de Professores. São Paulo: Cortez, 2005.      

Organização dos estágios da Licenciatura em Química nas IES da cidade de Goiânia-GO: reflexões sobre as necessidades formativas

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