O artigo busca descrever e analisar as características dos mecanismos automáticos de fomento à produção cinematográfica, implementados pela ANCINE, a partir de 2005: o Prêmio Adicional de Renda (PAR) e o Programa de Incentivo à Qualidade do Cinema Brasileiro (PIQCB), que reeditam antigos mecanismos existentes na relação entre Estado e Cinema, desde os anos de 1950. Através de uma análise da metodologia de cálculo dos dois mecanismos, busca-se apontar para alguns paradoxos do modelo de política pública implementado no período em foco