thesis

Flores edíveis como novo conceito de novos alimentos para a promoção da saúde

Abstract

Trabalho Complementar apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de licenciada em Ciências da NutriçãoAtualmente muitas espécies de plantas que produzem flores já fazem parte da alimentação humana, em particular, as pétalas e sépalas edíveis. Habituais na cozinha desde a Antiguidade, em países como China, México, Brasil, Canadá, França, EUA e Grécia, o uso das flores não têm sido usual no nosso país. No entanto, com as novas tendências de recuperar os sabores agridoces e das múltiplas variantes da cozinha de fusão, as flores tornam-se ingredientes muito apreciados. É importante ter em consideração que nem todas as flores são comestíveis e para além da identificação das mesmas, é importante saber como foram produzidas pois, por exemplo, as flores para decoração ornamental não devem ser utilizadas para consumo humano, uma vez que não têm em consideração as regras de segurança alimentar. Por esses motivos, este trabalho experimental teve como objetivo estudar o teor de compostos não-nutrientes de diferentes flores cultivadas para consumo: calêndula (Calendula officinalis L.), camélia (Camellia japonica L.) e rosa (Rosa canina L.) bem como avaliar a atividade antioxidante das mesmas. Os resultados obtidos, no que respeita aos teores de compostos bioativos e atividade antioxidante (DPPH•) mostraram-se correlacionados e promissores, verificando-se diferenças significativas entre as amostras (p <0,001). A C. officinalis apresentou o teor superior de fenólicos totais e carotenoides (35,4 mg GAE/ g e 15,6 mg/g, respetivamente). Em contrapartida, o maior teor de flavonoides foi observado nas pétalas de rosa (94,5 mg ECE/ g). Relativamente à correlação entre os compostos bioativos e a atividade antioxidante, foi observada uma forte correlação entre a atividade antioxidante e os fenólicos totais (rs = 0,917, p = 0,001) e carotenoides (rs = 0,900, p = 0,001), sendo que para os flavonoides, a mesma não foi tão relevante. Estas descobertas podem ter aplicações práticas no que diz respeito ao aproveitamento das flores edíveis, como ingredientes em géneros alimentares.Currently many species of flowering plants are already part of the human diet, in particular, the edible petals and sepals. Usual in the kitchen since ancient times in countries like China, Mexico, Brazil, Canada, France, USA and Greece, the use of flowers have not been usual in our country. However, with the new trends to recover the bittersweet flavors and multiple variants of fusion cuisine, the flowers become highly prized ingredients. It’s important to note that not all flowers are edible and beyond their identification, it’s important to know how were produced as, for example, flowers for ornamental decoration, should not be used for human consumption, since they do not take into account the food safety rules. For this reasons, this experimental work aimed study the content of non-nutrients compounds of different flowers grown for consumption: calendula (Calendula officinalis L.), camellia (Camellia japonica L.) and rose (Rosa canina L.) and evaluate the antioxidant activity of them. The results obtained with regard to the content of bioactive compounds and antioxidant activity (DPPH•) showed promising and correlated, verifying significant differences between the samples (p <0.001). C. officinalis showed higher carotenoid content and total phenolics (35.4 mg GAE/ g and 15.6 mg/ g, respectively). In contrast, the higher flavonoid content was obtained in rose petals (94.5 mg ECE/ g). Regarding to the correlation between bioactive compounds and antioxidant activity, a strong correlation was observed between antioxidant activity and total phenolics (rs = 0.917, p = 0.001) and carotenoids (rs = 0.900, p = 0.001), and for the flavonoids, it was not so relevant. These findings may have practical applications regarding the enhancement of edible flowers, such as ingredients in foodstuffs.N/

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