thesis

Avaliação da toxicidade da nanopartícula de óxido de zinco em microcrustáceo Daphnia magna, bactéria bioluminescente Aliivibrio fischeri, células de neuroblastoma murino e sementes de alface Lactuca sativa

Abstract

TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.A nanotecnologia é a ciência que estuda e desenvolve materiais cuja escala extremamente pequena permite um aproveitamento diferenciado dos mesmos. Porém ainda não ainda há regulamentação específica para o uso e descarte de nanopartículas (NP) no Brasil. A nanopartícula de óxido de zinco (NP ZnO) tem chamado atenção devido ao seu uso em cosméticos que possuem fator de proteção solar, entre outras aplicações. Para melhor conhecimento dos possíveis danos causados por essa NP, ao meio ambiente e à saúde, optou-se por realizar testes de toxicologia ambiental em microcrustáceo Daphnia magna, bactéria Aliivibrio fischeri, célula de neuroblastoma murino (N2A) e semente de alface (Lactuca sativa). Através de MET, as NP ZnO observadas possuíam tamanhos entre 20 e 50 nm; a área superficial, que foi obtida através do método BET, foi 4,766 m².g-1. Além disso, avaliou-se o potencial zeta e o tamanho hidrodinâmico das NP ZnO nos diferentes meios de teste, o que indicou baixa estabilidade em suspensão. Para o teste agudo com D. magna, obteve-se uma CE50,48h de 4,2 ± 0,7 mg.L-1, sendo classificada com tóxica. Já no teste crônico com D. magna, foram observados efeitos sobre a longevidade, reprodução e crescimento das Daphnia, sendo obtidas, respectivamente, CEO igual a 1,0; 0,5 e; 1,0 mg.L-1. O ensaio com A. fischeri apresentou CE50,15min de 73,55 mg.L-1 e CE50,30min de 23,88 mg.L-1. No ensaio MTT com células N2A, o efeito da nanopartícula de óxido de zinco sobre a viabilidade celular se mostrou dose-dependente, apresentando uma CE50,24h igual a 0,9 ± 0,02 mg.L-1. Os resultados da quantificação do zinco em cada amostra, evidenciaram que, exceto para os testes de crescimento das plântulas de alface e de inibição da bioluminescência de A. fischeri, todas as amostras apresentaram quantidades de zinco total abaixo do limite permitido na legislação brasileira e, ainda assim, causaram efeitos tóxicos sobre os organismos testados

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