DURÁN, J. M.

QUEIROGA, V. de P.

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IV Congresso Brasileiro de Mamona e  I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB – 2010 Página | 2021 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p. 2021-2024.   DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM SEMENTES E EM ÁCIDOS GRAXOS DO ÓLEO DE SEIS GENÓTIPOS DE GIRASSOL Vicente de Paula Queiroga1; José Maria Durán2 1 Embrapa Algodão, CP 174, Rua Osvaldo Cruz, 1143, Centenário, CEP: 58.428-095, Campina Grande, PB, E-mail: queiroga@cnpa.embrapa.br; 2 Professor da Universidade Politécnica de Madrid.  RESUMO – O presente trabalho foi conduzido no Laboratório de Química da U.P. de Madrid com o objetivo de determinar a composição química em sementes e em ácidos graxos do óleo de seis genótipos de girassol. Para tanto, utilizam-se sementes dos genótipos Toledo-2, Peredovik, Narval SH-25, Girospan-70, Toledo-8 e Monro-45 pertencentes a empresa espanhola CECOSA. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. Os testes de laboratório estudados foram: teor de água, teor de óleo, proteína, fibra, MELN, minerais e ácidos graxos ( palmítico, esteárico, oléico, linoléico e outros). Com base nos resultados obtidos, as seguintes conclusões foram estabelecidas: Houve superioridade significativa do genótipo Narval para o teor de água das sementes e porcentagem de ácido óleico; do genótipo Monro-45 para o teor de proteína e porcentagem de ácido esteárico; e os genótipos Peredovik e Toledo-8 para o teor de óleo. Palavras-chave - Helianthus annuus, teor de óleo, teor de proteína.  INTRODUÇÃO O girassol (Helianthus annuus L.) é espécie de fácil adaptabilidade a diferentes regiões do Brasil, por presentar condições climáticas satisfatórias e por seu rendimento pouco influenciado pela latitude, pela altitude e pelo fotoperíodo. Esta cultura produz sementes cujo óleo apresenta  propriedades sensoriais de excelente qualidade industrial e nutricional, correspondendo ao subproduto mais importante. Além de servir como suplemento na alimentação de animais, o girassol poderá produzir o "biodiesel", que provavelmente será um excelente combustível para uso em motores estacionários, máquinas agrícolas e demais veículos automotores, com a grande vantagem de ser menos danoso ao ambiente (PELEGRINI, 1985; CASTRO et al., 1996). Atualmente, o girassol é cultivado em todos os continentes, em área que atinge aproximadamente 18 milhões de hectares. Destaca-se como a quarta oleaginosa em produção de grãos e a quinta em área cultivada no mundo (CASTRO et al.,1996). Apresenta alto teor de óleo (média de 43%), com qualidade reconhecida mundialmente como produto nobre para  alimentação humana (MOSCARDI, 1992). IV Congresso Brasileiro de Mamona e  I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB – 2010 Página | 2022 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p. 2021-2024.  Como ainda não acontece na prática, na utilização de sementes de boa qualidade pelo produtor seria fundamental o conhecimento do teor de óleo dos genótipos mais promissores em produtividade e adaptados a sua região. Para obtenção de uma análise mais completa, seria importante que os produtores de sementes fornecesse também a composição em ácidos graxos do óleo de girassol, só assim as informações fornecidas pelo Laboratário de Química estaria mais especificadas e, portanto, permitiria a esse produtor selecionar os melhores lotes para comercialização, para o caso de sementes destinadas à alimentação humana. Desta forma, este trabalho teve por objetivo avaliar a composição química em sementes e em ácidos graxos do óleo de seis genótipos de girassol.  METODOLOGIA Este experimento foi conduzido no Laboratório de Química da Universidade Politécnica de Madrid – UPM, Madrid, Espanha. Os seis genótipos de girassol utilizados no experimento pertenciam a dois grupos distintos de massa de 100 sementes: massa baixa entre 4 a 7 g para os genótipos Toledo-2, Peredovik e Narval SH-25, enquanto para a massa alta entre 8 a 11 g ficaram os genótipos Girospan-70, Toledo-8 e Monro-45. Todos estes genótipos são híbridos simples da Companhia Espanhola de Cultivos Oleaginosos (CECOSA), exceto a variedade Peredovik obtida por polinização livre. Os componentes químicos determinados nos seis genótipos de girassol foram teor de água, óleo, proteína e fibra. Estas ánalises se realizaram segundo os Métodos Oficiais da American Oil Chemists Society-AOAC (1974), em cada amostra de sementes de 200 g com quatro repetições por genótipo. De modo similar, determinou-se a composição em ácidos graxos do óleo de girassol. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com seis genótipos e 4 repetições e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (SANTOS et al. 2003).  RESULTADOS E DISCUSSÃO Os valores médios das variáveis teor de água, óleo, proteína, fibra, MELN e minerais dos seis genótipos de girassol, encontram-se na Tabela 1. Observa-se que houve diferenças significativas entre genótipos para os componentes químicos da semente apenas para as variáveis: teor de água, óleo e proteína. Em cada variável houve destaque significativo para os seguintes genótipos: Narval com teor de água de 57,2 mg.g-1 pf; Peredovik e Toledo-8 com teores de óleo de 448,2 e 458,0 mg.g-1 pf, IV Congresso Brasileiro de Mamona e  I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB – 2010 Página | 2023 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p. 2021-2024. respectivamente; e Monro-45 com o teor de proteína de 232,5 mg.g-1 pf. Já para as outras variaveis fibras, MELN e minerais não acusaram diferenças estatísticas entre os genótipos avaliados. 1 - Materiais extraíveis livres de nitrogênio (MELN)= 1000 - (óleo + teor de água + proteína + fibra + minerais). Os resultados referentes a composição química dos ácidos graxos podem ser vistos na Tabela 2. Pela ordem de importância dos ácidos graxos das sementes de girassol seria o seguinte: linoléico, óleico, palmítico e esteárico. Examinando-se os valores médios obtidos para os compostos ácido esteárico saturado e ácido oléico insaturado observam-se diferenças significativas entre os seis genótipos estudados, onde as porcentagens mais elevadas ficaram para os genótipos Monro-45 e Narval, respectivamente. Por outro lado, verificam-se que as percentagens mais baixas (26-28%) do ácido oléico, considerado o segundo ácido em importância, foram registrados para os genótipos Peredovik, Girospan-70 e Toledo-8. Enquanto os ácidos palmítico e linoléico não acusaram diferenças significativas entre genótipos, apesar de que o ácido linóleico seja considerado o  mais importante na composição da composição em ácidos graxos das sementes de girassol. Para os restantes dos ácidos, incluídos na Tabela 2 como “outros”, os mesmos representaram uma porcentagem insignificante próxima de 1%, exceto para o genótipo Toledo-2 (2,7%), que compreende os seguintes compostos: ácido aráquídico (20:0), ácido behênico (22:0) e ácido lignocérico (24:0). CONCLUSÕES - Houve superioridade significativa do genótipo Narval para o teor de água das sementes e porcentagem de ácido óleico; - Maior destaque significativo do genótipo Monro-45 para o teor de proteína e porcentagem de ácido esteárico; - Para o teor de óleo, houve tendência de destaque para os genótipos Peredovik e Toledo-8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN OIL CHEMISTS SOCIETY. Official and Tentative Methods. 3a. ed. EUA, 1974, (não paginado). CASTRO, C.; CASTIGLIONI, V.B.R.; BALLA, A. Cultura do girassol: tecnologia de produção. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1996. 19 p. (Documentos, 67). MOSCARDI, F. Apresentação. In: MANDARINO, J.M.G. Características bioquímicas e nutricionais do óleo e do farelo de girassol. Londrina: Embrapa-CNPSo, 1992. 25p. (Documentos, 52). PELEGRINI, B. Girassol: uma planta solar que das Américas conquistou o mundo. São Paulo: Icone, 1985. 117p. IV Congresso Brasileiro de Mamona e  I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB – 2010 Página | 2024 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p. 2021-2024. SANTOS, W.S.; ALMEIDA, F.A.C.; BELTRÃO, N.E.M.; SILVA, A.S. Estatística experimental aplicada. Campina Grande: UFCG, 2003. 213p. Tabela 1 - Composição química em sementes de seis genótipos de girassol. Madrid, Espanha. Genótipos Composição (mg.g-1 pf) Teor de água Óleo Proteína Fibra MELN(1) Minerais Toledo-2 51,5 c 437,7 ab 215,0 b 129,0 a 128,6 a 38,2 d Peredovik 45,5 d 488,2 a 164,7 c 138,0 a 136,1 a 27,0 e Narval 57,2 a 438,2 ab 220,7 ab 132,5 a 105,9 a 45,5 a Girospan-70 54,5 abc 442,7 ab 222,2 ab 137,5 a 100,6 a 42,5 bc Toledo-8 52,2 bc 458,0 a 216,0 b 118,5 a 114,3 a 41,0 c Monro-45 55,5 ab 404,5 b 232,5 a 165,0 a 98,8 a 44,0 ab CV (%) 2,81 5,11 3,31 9,69 9,5 2,12 DMS 3,34 51,21 15,80 52,81 54,20 1,89 Nas colunas, médias seguidas pela mesma letra dentro de cada variável, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.  Tabela 2 - Variação da composição em ácidos graxos do óleo em função de seis genótipos de girassol. Genótipos Ácidos graxos (%) Palmítico (16:0) Esteárico (18:0) Oléico (18:1) Linoléico (18:2) Outros Toledo-2 6,77 a 2,52 b 31,42 ab 56,55 a 2,74 a Peredovik 7,20 a 3,40 ab 26,00 b 62,82 a 0,58 a Narval 5,87 a 3,55 ab 36,50 a 54,05 a 0,03 a Girospan-70 5,87 a 4,20 ab 26,37 b 62,40 a 1,16 a Toledo-8 6,55 a 3,95 ab 27,25 b 61,62 a 0,63 a Monro-45 7,15 a 5,22 a 33,92 a 52,85 a 0,86 a CV (%) 12,97 29,53 8,99 8,62 235,12 DMS 1,92 2,53 6,12 11,32 5,33 Nas colunas, médias seguidas pela mesma letra dentro de cada variável, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.   

Determinação da composição química em sementes e em ácidos graxos do óleo de seis genótipos de girassol.

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Determinação da composição química em sementes e em ácidos graxos do óleo de seis genótipos de girassol.

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