I Congresso Internacional Envolvimento dos Alunos na Escola: Perspetivas da Psicologia e Educação. Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, 15, 16 e 17 de Julho de 2013 (Comunicação).Enquadramento conceptual: nos últimos anos, o envolvimento dos alunos na escola (EAE) têm sido apontado como uma boa forma de prevenção e intervenção na ocorrência de comportamentos de vitimização entre os alunos, seja como agressores seja como vítimas; faltam, o entanto, estudos empíricos da relação entre entes construtos, ao longo da adolescência. Objetivo: estudar como variam as relações entre o EAE e os comportamentos de vitimização, na adolescência, constitui a finalidade do presente estudo. Método: a amostra foi constituída por 685 estudantes das diferentes regiões do país, de ambos os sexos, repartidos pelo 6º, 7º, 9º e 10º ano de escolaridade. Os dados foram recolhidos em contexto de sala aula através de um inquérito que incluiu itens do “Multidimensional peer victimization scale” e o questionário “Envolvimento dos Alunos na Escola: Uma Escala Quadri-dimensional” (EAE-E4D), especificamente com as dimensões cognitiva, afetiva, comportamental e agenciativa (Veiga, 2013). Resultados: Análises de variância dos resultados no envolvimento (anova two-way 2x3), em função do ano (6º e 7º versus 9º e 10º) e da vitimização pelos pares (baixa, média e alta) permitiram encontrar uma diminuição ao longo da escolaridade, quer do EAE quer dos comportamentos de vitimização pelos pares (VP); os efeitos significativos da interação das variáveis VP e ano surgiram apenas nas dimensões cognitiva e comportamental, e ficaram a dever-se a uma maior diminuição, ao longo dos anos, de tais dimensões no grupo de VT alta. Conclusões: Os resultados são enquadrados na perspetiva cognitivo-social do desenvolvimento, sugerem posteriores análises, para além de medidas de ativação do envolvimento dos alunos na escola como forma de diminuição de condutas de vitimização pelos pares.N/