Os motores de combustão interna são cada vez mais eficientes. Estes apresentam cada
vez melhores rendimentos, recorrendo a um menor consumo de combustível e inferiores
emissões de poluentes. Isto deve-se em grande parte à introdução do controlo eletrónico
de motores e à constante evolução dos mesmos juntamente com outras tecnologias
aplicadas. No entanto, a evolução tecnológica tem sido acompanhada por um aumento das
necessidades tanto do ponto de vista do condutor como do próprio veículo implicando o
aumento dramático dos sistemas eletrónicos auxiliares implementados assim como a
interação entre os mesmos. Para combater estas necessidades os construtores têm
inevitavelmente recorrido à utilização de sistemas distribuídos de controlo eletrónico.
Com base na revisão bibliográfica realizada procedeu-se à conceção e desenvolvido de
um sistema de gestão eletrónico de motores recorrendo ao conceito de controlo distribuído.
Neste âmbito foram implementados diferentes módulos de controlo cada um com tarefas e
características próprias, nomeadamente o módulo de sensores, módulo de atuadores,
módulo de motor e módulo de cálculo. Para cada um deles foi desenvolvido o hardware,
firmware e funções específicas de controlo. No sentido de possuir maior flexibilidade e
adaptabilidade de controlo, assim como realizar a afinação do motor, foi desenvolvido um
software de calibração e visualização dos diversos parâmetros relativos ao sistema.
Posteriormente, foi contruído um protótipo da arquitetura desenvolvida com vista à
aplicação em um motor Otto Ford 2.0i de injeção indireta sequencial com ignição agrupada.
Neste contexto foi realizada uma calibração do motor em banco de potência,
nomeadamente afinação dos mapas de combustível e ignição assim como a caracterização
dos principais sensores e atuadores. Foram realizados um conjunto de testes e análise dos
resultados no sentido de garantir o correto funcionamento do motor, verificar a efetividade
do algoritmo de controlo aplicado, fiabilidade dos diversos módulos desenvolvidos, assim
como validação da arquitetura implementada