Introdução: Associado ao envelhecimento populacional surge a institucionalização das
pessoas idosas. A gestão da medicação nas Estruturas Residenciais para Idosos (ERPIs)
é uma componente importante dos cuidados aos idosos institucionalizados,
frequentemente polimedicados.
Metodologia: O objetivo do nosso estudo foi fazer um diagnóstico acerca dos
procedimentos relacionados com a gestão da medicação numa amostra de conveniência
constituída pelo principal responsável pela gestão da medicação em cada ERPI (39) que
respondeu a um questionário onde foram incluídas as variáveis indispensáveis pela
concretização dos objetivos.
Foi feita uma análise estatística descritiva com o SPSS versão 23.
Resultados: Verificamos que há algumas boas práticas instituídas: armazenamento
correto, uso de folha farmacoterapêutica, registo de falhas no uso do medicamento,
havendo, contudo, aspetos suscetíveis de melhoria: o fraco uso de tecnologias, o
desconhecimento do Sistema Nacional de Farmacovigilância, a baixa taxa de vacinação
dos residentes, a ausência de registos e controlo da temperatura e humidade do local de
armazenamento. Concluimos ainda que, apesar do enfermeiro ser o principal
participante na gestão da medicação nas ERPIS, há outros intervenientes no processo do
uso do medicamento sem competências nesta área e que o farmacêutico é um
profissional muito pouco interventivo na gestão da medicação em ERPIs.
Conclusão: Sugerimos que haja desenvolvimento de competências específicas em
programas de intervenção em idosos como os de revisão e reconciliação da medicação e
que sejam criados normativos legais e normas orientadoras com definição de papéis e
responsabilidades dos intervenientes na gestão da medicação nas ERPIs