Este trabalho apresenta algumas considerações sobre o conceito de “necrópole megalítica” com base nas observações realizadas na área da Ribeira Grande (Alto Alentejo, Portugal). A ocorrência de agrupamentos de monumentos
formando “espaços necropolizados”, juntamente com a situação de monumentos aparentemente
isolados na paisagem, permite levantar algumas questões sobre a localização destes monumentos no espaço
ocupado, em relação concreta a pontos específicos da paisagem ou a áreas de ocupação preferencial – definindo
os possíveis esquemas/diagramas de formação de uma necrópole megalítica, encarados como bases de análise
na definição do fenómeno de “megalitização” da paisagem. Destaca‑se
aqui uma visão que não se baseia somente
numa Arqueologia da Paisagem, mas também numa Arqueologia do Território, na óptica das antigas comunidades camponesas do Sudoeste peninsular