Nas comunidades Fundo de Pasto, os quintais produtivos são manejados, de modo geral, por mulheres, tornando-os espaços de produção voltados para a alimentação da família, garantindo segurança alimentar, o cuidado com a saúde e a conservação da biodiversidade local. O trabalho feminino no campo ainda é remetido, na maioria das vezes, apenas como uma renda complementar do trabalho masculino. Dessa forma, esse não reconhecimento contribui com a invisibilidade do trabalho exercido pelas mulheres nos setores de produção. O presente estudo aborda os aspectos que impactam diariamente as mulheres inseridas em duas comunidades Fundo de Pasto na Bahia, Ouricuri e Cachoeirinha. Observou-se nas duas comunidades que as mulheres possuem a mesma carga horária de trabalho, de 17 horas diárias, enquanto os homens possuem uma semelhança na rotina de trabalho e uma média próxima na carga horária, de 11 horas na comunidade de Ouricuri e de 12 horas na comunidade de Cachoeirinha.Edição dos Anais do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia, São Cristóvão, Sergipe, 2020