Introdução; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão; Referências bibliográficas; Tabelas

BACKES, R. L.

DÁVALOS, E. D.

EMYGDIO, B. M.

HOFS, A.

STENGER, E. A. F.

VOGT, G. A.

ZOLDAN, S. R.

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AvALIA<;AO PRELIMINAR DE VARIEDADES DE POLINIZA<;AO ABERT ADE MILHO EM SANTA CATARINA NAS SAFRAS 2009110 E 2010/111Rogerio Luiz Backes2, Gilcimar Adriano Vort3, Sergio Roberto Zoldan\Estanislao Diaz DavalosS, Alberto Hofs , Elisete A.F. Stenger6,Beatriz Marti Emygdio 7Nas duas ultimas decadas a prodw;ao e a produtividade de milho no Brasilcresceram expressivamente. Neste periodo ocorreu a ad09ao de varias novas tecnologiaspelos produtores. Houve disponibiliza9ao de grande numero de novos cultivares, que sedestacam especialmente pelo potencial produtivo. Entretanto muitas das novastecnologias disponiveis possuem alto custo, de forma que muitas destas tecnologiasdisponiveis nao sac apropriadas a todas as situa90es. Neste sentido, varias institui90es,especialmente publicas tern se dedicado ao desenvolvimento de variedades depoliniza9ao aberta (VPAs) de milho. Por outro lado, 0 setor privado tern se dedicadoquase que exclusivamente ao desenvolvimento e comercializa9ao de hibridos.As VPAs de milho sac uma alternativa aos cultivares hibridos amplamenteofertados no mercado de sementes. Seu principal diferencial e 0 menor custo deaquisi9ao, alem da possibilidade de 0 agricultor produzir sua propria semente (Elias etaI., 2010). No desenvolvimento de novas popula90es de milho, candidatas a novascultivares, a fase de avalia9ao em diferentes ambientes e essenciai. E por meio daavalia9ao sob diferentes condi90es edafo-climliticas que se pode com maior seguran9ajulgar 0 merito destas. Esta avalia9ao se faz sempre necessaria devido a intera9ao entregenotipos e ambientes. Assim, nem sempre os melhores genotipos em urn determinadoambiente vao repetir esta superioridade em urn conjunto de ambientes.o objetivo deste trabalho foi avaliar 0 desempenho agronomico de popula90es eVPAs de milho em tres ambientes em Santa Catarina, nas safras 2009110 e 2010111.Para a realiza9ao deste trabalho foram conduzidos tres experimentos na safra2009110 e tres experimentos na safra 2010111. Na safra 2009110 fcram avaliados 23VPAs/popula90es e urn hibrido amplamente cultivado em Santa Catarina (Testemunha),sendo os ensaios implantados nos seguintes locais e datas: Canoinhas (07110/2009),Chapeco (30/09/2009), e Campos Novos (14110/2010). Na safra 2010111 foramavaliados 14 VPAs/popula90es, sendo a implanta9ao realizada em Canoinhas(26110/2010), Chapeco (27/09/2010), e Campos Novos (06110/2010). A aduba9ao deI Trabalho executado com recursos da FAPESC.2 Eng.-agr., D.Sc., Epagri/Cepaf/Chapeco, SC. e-mail: backes@epagri.sc.gov.br;3 Eng.-agr., M.Sc., Epagri/EECAN/Canoinhas, SC;4 Eng.-agr., M.Sc., Epagri/EECN/Campos Novos, SC;5 Eng.-agr., M.Sc., Epagri/Cepaf/Chapeco, SC;6 Admistradora, Epagri, Chapeco, SC;7 Biologa, D.Sc., Embrapa Clima Temperado/Pelotas, RS.base foi realizada de acordo com a recomenda9ao baseada na analise de solo(Sociedade ...,2004).as experimentos foram conduzidos no delineamento de blocos casualizados comtres repeti90es. As unidades experimentais foram constituidas por duas fileiras de 5m,espa9adas em 0,8m. Este ensaio preliminar precede 0 ensaio estadual de VPAs etambem atende as normas de ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU).Foram avaliadas as seguintes caracteristicas: numero de dias entre a emergenciae a flora9ao feminina (DFF); altura da planta (APL) e altura de inser9ao da espiga(AlE), em cm; percentual de plantas quebradas e/ou tombadas (PQT); e produtividadeexpressa em kg.ha-I corrigido para 13% de umidade. No ensaio da safra 2009110tambem foi avaliado 0 empalhamento de espigas, por meio da atribui9ao de notas,variando de 1 (excelente) a 5 (ruim), conforme proposta do Cimmyt.as dados de produtividade foram submetidos it analise de variancia e ao testeF(5%), quando este foi significativo, as medias foram agrupadas por Scott & Knott,tambem a 5%. As analises estatisticas foram realizadas com auxilio do programa Sisvar.Nas Tabelas 1 e 2 sao apresentados os resultados das avalia90es decaracteristicas agron6micas dos ensaios preliminares nas safras 2009110 e 2010111 e nasTabelas 3 e 4 e apresentada a produtividade dos mesmos ensaios.a florescimento feminino e importante por ser urn indicativo do inicio de urnperiodo critico quanta ao deficit hidrico. Na safra 2009/10 0 florescimento femininoocorreu entre 63 e 68 dias apos a emergencia, e na safra 2010111 entre 76 e 80 dias. Eoportuno recordar que a dura9ao deste periodo e fun9ao da soma termica, portantohavera varia9ao entre locais, anos e epocas de semeadura (Tabela 1 e 2). a cicIo maior,bem como a maior altura de plantas e de inser9ao de espigas (Tabela 1 e 2) econseqUencia especialmente do plantio mais tardio do experimento de Canoinhas, nasafra 2010111, comparativamente ao ana anterior.No melhoramento de VPAs tern sido comurn enfatizar a busca de espigas bemempalhadas. Pois este tipo de cultivar e muitas vezes utilizado em sistemas produtivosnos quais a colheita e manual, e a colheita nao e realizada logo apos os graos atingirema umidade necessaria. Neste sentido, verificou-se que, a exce9ao de BRS Missoes, osdemais tratamentos podem ser cIassificadas como de otimo empalhamento (nota 2),com destaque para CPACT -Sintetic02000-Dentado e Farinaceo Branco que obtiveramnota 1 (excelente empalhamento) (Tabela 1).as experimentos da safra 2009110 em Canoinhas e em Campos Novos foramatingidos por vendaval acompanhado de fortes chuvas na fase de matura9ao. PorconseqUencia, foram verificados percentuais de quebramento e tombamento de plantasextremamente altos (Canoinhas e Campos Novos) e variaveis dentro do mesmo local(Canoinhas) (Tabela 1). A grande amplitude de varia9ao entre tratamentos emCanoinhas ocorre, pois 0 experimento nao foi atingido de forma homogenea pelo eventocIimatico. Assim, para efeito de julgamento devem-se considerar apenas os resultadosde Chapeco (Tabela 1). Neste experimento observa-se que Farinaceo Branco eFarinaceo Amarelo sao mais suscetiveis ao quebramento e acamamento, comportamentoconfirmado no ensaio da safra 2010/11 (Tabela 2). De forma analoga, os demaistratamentos comuns as duas safras em estudo apresentam baixos niveis de quebramentoe tombamento, quando consideramos os resultados de Chapeco em 2009110 (Tabela 1) emedia dos tres locais em 2010111 (Tabela 2).Foi detectada diferen9a de produtividade entre os tratamentos nos tres ambientesem avalia9ao nas duas safras (Tabelas 3 e 4). Na safra 2009/10 as maioresprodutividades ocorreram em Canoinhas. Neste local apenas tres VPAs apresentaramprodutividade inferior ao hibrido, as demais nao diferiram deste, evidenciando 0 bornpotencial produtivo das VPAs (Tabela 3), que atingiram ate 11.226 kg.ha-1 (SCS 155Catarina). Em Chapec6, sete tratamentos foram inferiores ao grupo de maiorprodutividade, e novamente a maior parte dos tratamentos teve produtividadeestatisticamente igual ao hibrido. Entretanto, em Campos Novos, 0 hibrido e apopula9ao C.2003 superaram todos os demais tratamentos quanto a produtividade. Asmedias dos tres locais evidenciam 0 potencial produtivo do hibrido e de algumaspopula90es experimentais (Tabela 3).Na safra 2010/11, destacam-se Sintetico IX, Fundacep 35 e BRS Missoes queestlio no grupo de tratamentos mais produtivos nos tres ambientes de avalia9ao, commedia de produtividade acima de 8.627 kg.ha-1 (Tabela 4). Fundacep 35 tern sidomantido neste ensaio preliminar como testemunha, pois ja se comprovou seu bornpotencial produtivo alem de ser urn cultivar com boa estabilidade e adaptabilidade(Yogt et aI., 2009; Vogt et aI., 2011).Farinaceo Amarelo cel 2010 e Farinaceo Branco estao no grupo de menorprodutividade nos tres ambientes (Safra 2010/11), com medias gerais inferiores a 5.200kg.ha-1(Tabela 4) Todavia, estas VPAs possuem caracteristicas diferencias de graos, 0que pode as tomar recomendaveis para condi90es especificas, especialmente paraprodu9ao de graos destinados ao consumo humano.Verificou-se que ha varia9ao entre as VPAs e popula90es avaliadas,especialmente quanto a produtividade.As popula90es experimentais em avalia9ao apresentaram produtividade mediasuperior as cultivares ja recomendadas.ELIAS, H.T.; VOGT, A.; VIEIRA, L.C.; YON PINHO, R.G.; NASPOLINI, V.;COYER, C. Melhoramento genetico do milho. In.: A cultura do milho em SantaCatarina. Florian6polis: Epagri, 2010. 480p.YOGT, G.A.; BACKES, R.L.; BALBINOT JUNIOR, A.A.; EMYGDIO, B.M.Avalia9ao de variedades de poliniza9ao aberta de milho (VPA's) para valor de cultivo euso (VCU) - Safras 2007/08 e 2008/09. In: Reuniao Tecnica Catarinense de Milho eFeijao, VII, 2009, Xanxere, SC. Resumos expandidos ... Xanxere: Unoesc, 2009. p.236-240.YOGT, G.A.; BALBINOT JUNIOR, A.A.; BACKES, R.L. Estabilidade eadaptabilidade de variedades de poliniza9ao aberta de milho em Santa Catarina.Agropecmiria Catarinense, Florian6polis, v.24, n.1, p.77-82., 2011.Tabela 1. Medias de dias da emergencia ao florescimento feminino (DFF), altura deplanta (APL), altura de inser9ao de espiga (AlE), media de nota para empalhamento deespigas (EMP), em tres ambientes, e percentagem de plantas quebradas mais tombadas(PQT) por local de avalia9ao de Variedades de Poliniza9ao Aberta (VPAs) de milho(Ensaio Preliminar) na safra 200911O.Epagri, Santa Catarina, 2011.DFF APL AlE EMP PQT(%)VPAs/Popula~oes/Cultivar (dias) (em) (em) (nota) Canoi- Chape- Camposnhas co NovosAL Avare 68 238 120 2 0 0 46BRS 4103 65 250 110 2 0 0 91BRS Misoes 66 258 135 3 12 2 67BRS Planalto 63 258 147 2 23 0 74C.2003 63 240 117 2 2 2 60CA4004 64 240 122 2 0 0 85CA4005 64 250 132 2 19 9 70Caimbe 66 263 137 2 5 0 88SCS 156 Colorado 65 285 150 2 13 4 76CPACT -2004-04 63 238 105 2 43 0 74CPACT -Sintetico2000-Dent. 63 270 137 1 42 2 58CPACT-Sintetico2000-Flint 64 253 118 2 22 0 58Farimiceo Amarelo 65 245 137 2 35 11 62Farimiceo Branco 65 238 118 1 42 15 91Fepagro 09295 65 232 113 2 9 4 70Fepagro 35 65 255 122 2 19 4 89Fundacep - 35 65 273 155 2 9 2 63SCS 155 Catarina 65 270 133 2 8 2 47Sintetico IX 64 253 120 2 4 0 72Sintetico 256L 66 243 125 2 7 0 87Sintetico 4150 baixo 65 230 107 2 0 2 67Tupi Laranja 67 277 148 2 17 8 82VSL 33 68 252 122 2 0 0 61Hibrido (Testemunha) 65 263 132 2 2 0 60Tabela 2. Medias de altura de planta (APL), altura de inser9ao de espiga (AlE), numerode dias da emergencia ao florescimento feminino (DFF), percentagem total de plantasquebradas e tombadas (PQT) de Variedades de Poliniza9ao Aberta (VPAs) de milho(Ensaio Preliminar) em tres ambientes na safra 2010111. Epagri, Santa Catarina, 2011.DFF 11 APL 2J AlE 2/ PQT 11VPAs / Popula\,oes (dias) (em) (em) (%)AM 4004 78 269 122 0,3AM 4005 77 278 127 1,9BRS 4103 78 280 122 0,2BRS 4150b 78 257 111 0,3BRS Caimbe 80 282 133 0,5BRS Missoes 78 288 132 2,5BRS Planalto 76 279 123 0,7Farimiceo Amarelo eel 2010 79 275 131 7,7Farinaceo Braneo 79 267 120 8,5Fepagro 09295 80 287 132 1,3Fepagro 35 78 284 126 2,2Fundaeep35 78 286 131 1,4Sintetico IX 79 279 124 0,8Sintetieo 2561 78 276 122 2,5\I Media dos experimentos de dois locais: Chapeco e Campos Novos.2/ Media dos experimentos de tres locais: Chapec6, Campos Novos e Canoinhas.Tabela 3. Produtividade de Variedades de Poliniza91io Aberta (VPAs)/popula90es demilho (Ensaio Preliminar) em tres ambientes na safra 200911 O.Epagri, Santa Catarina,2011.CamposVPAs / Populayoes Canoinhas Chapec6 Novos MediaHibrido (Testemunha) 10.825 all 9.191 a 8.804 a 9.607Sintetico 256L 10.034 a 6.813 a 8.480 b 8.442CA4004 10.190 a 7.690 a 6.657 b 8.179SCS 155 Catarina 11.226 a 6.815 a 6.379 b 8.140CA4005 10.758 a 7.283 a 6.112 b 8.051BRS Misoes 9.731 a 7.103 a 7.104 b 7.979SCS 156 Colorado 9.757 a 7.346 a 6.497 b 7.867C.2003 8.499 a 6.674 a 8.219 a 7.797BRS 4103 8.572 a 7.933 a 6.661 b 7.722Fundacep - 35 9.578 a 7.402 a 6.033 b 7.671CPACT-Sintetico2000-Dent. 9.884 a 7.411 a 5.638 b 7.644Sintetico IX 9.237 a 7.698 a 5.814 b 7.583Sintetico 4150 baixo 10.259 a 6.898 a 5.495 b 7.551CPACT-2004-04 8.593 a 7.148 a 6.477 b 7.406Caimbe 10.745 a 5.403 b 5.893 b 7.347Fepagro 35 8.810 a 6.118 b 6.482 b 7.137CPACT -Sintetico2000-Flint 9.830 a 6.135 b 5.424 b 7.130BRS Planalto 9.198 a 5.973 a 5.582 b 6.918AL Avare 8.582 a 6.720 a 5.268 b 6.857VSL 33 10.132 a 5.452 b 4.929 b 6.838Tupi Laranja 8.340 a 5.296 a 5.413 b 6.350Fepagro 09295 7.044 b 4.807 b 5.824 b 5.892Farimiceo Amarelo 6.257 c 3.194 c 4.615 b 4.689Farimiceo Branco 4.211 c 3.256 c 4.818 b 4.095CV% 8,82 10,88 12,7611Medias seguidas de mesma letra nlio diferem entre si pelo teste de Scott & Knott (5%).Tabela 4. Produtividade de Variedades de Poliniza91io Aberta (VPAs)/popula90es demilho (Ensaio Preliminar) em tres ambientes na safra 2010111. Epagri, Santa Catarina,2011.CamposVPAs / Popula~oes Canoinhas Chapec6 Novos MediaSintetico IX 8.513 a 17 10.760 a 8.104 a 9.126Fundacep 35 7.882 a 10.683 a 7.744 a 8.770BRS Missoes 7.898 a 9.712 b 8.537 a 8.716BRS Planalto 7.701 a 10.130 a 8.051 a 8.627AM 4005 7.337 b 8.940 b 8.287 a 8.188AM 4004 7.627 a 9.220 b 7.653 a 8.167BRS Caimbe 7.227 b 9.482 b 7.496 a 8.068BRS 4150b 7.148 b 9.105 b 7.313 a 7.855BRS 4103 6.697 b 9.102 b 7.403 a 7.734Fepagro 35 7.519 a 8.778 b 6.826 b 7.708Sintetico 2561 6.576 b 9.030 b 6.281 b 7.296Fepagro 09295 6.509 b 6.025 c 6.293 b 6.276Farimiceo Amarelo cel2010 4.703 c 5.262 c 5.562 b 5.176Farimiceo Branco 3.970 c 4.671 c 4.854 b 4.498CV% 7,07 9,16 12,3511Medias seguidas de mesma letra nlio diferem entre si pelo teste de Scott & Knott (5%).

Avaliação preliminar de variedades de polinização aberta de milho em Santa Catarina nas safras 2009/10 e 2010/11.

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Avaliação preliminar de variedades de polinização aberta de milho em Santa Catarina nas safras 2009/10 e 2010/11.

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