RESUMO. É recente a utilização de cana energia nas usinas, sendo poucas as que estão aderindo a essa tecnologia pela necessidade de entendimento das mudanças nos sistemas de produção e de seus coeficientes técnicos. Esse artigo objetivou estudar as variedades de cana energia Vignis 3 (tipo 1) e Vignis 1126 (tipo 2), fornecidas pela empresa Vignis, e comparadas com a variedade açucareira (convencional) RB 867515. Implantou-se experimento de campo em solo de baixa fertilidade com 18 parcelas de 5 ruas de 10 metros, em três locais, cada local representando em duplicata, para comparação em termos biométrico, composicional e energético. A cana energia tipo I apresentou teor médio de fibra de 15,1%, a tipo II 18,8%, enquanto a convencional 14,2%; em termos de ATR, as canas energias atingiram 80% e 67% da cana convencional, respectivamente. Na avaliação energética da unidade de fibra seca de cada material, uma das variedades de cana energia demonstrou grande potencial para combustão, sendo 17 e 8% superior à cana convencional, respectivamente em poder calorífico. A cana energia é uma opção agrícola que possui um perfil apropriado para suprir a necessidade do mercado energético, especialmente por permitir o cultivo em solos de baixa fertilidade e alta resiliência ambiental.JORNACITEC 2019