Edição dos resumos do XXI Annual Meeting of the Brazilian Embryo Technology Society (SBTE), Salvador, BA, ago. 2007

CARRIJO, L. H. D.

LOPES JUNIOR, G.

MARTINS, A. C.

MATTOS, M. C. C.

MOLLO, M. R.

RUMPF, R.

SARTORI, R.

Portuguese

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Acta Scientiae Veterinariae 35(Supl. 3): 2007s958FUNÇÃO OVARIANA EM NOVILHAS NELORE SUBMETIDAS A BAIXA OU ALTA INGESTÃOALIMENTARMollo, M.R.1,2; Rumpf, R.1; Martins, A.C.1,3; Mattos, M.C.C.3; Lopes Jr., G.4; Carrijo, L.H.D.5; Sartori, R.11Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 70770-900, Brasília-DF, Brasil. 2FAV-UnB, 70910-970, Brasília-DF, Brasil.3FMVZ-UNESP, 186018-000, Botucatu-SP, Brasil. 4Faculdade de Veterinária-UFF, 24230-360, Niterói, RJ, Brasil. 5IntegralNutrição Animal, 74477-228, Goiânia-GO, Brasil. sartori@cenargen.embrapa.brTrabalhos têm demonstrado haver grande influência da nutrição sobre a reprodução, mais especificamente sobre a fisiologiaovariana e fertilidade. O presente estudo objetivou investigar a influência da nutrição na função ovariana em novilhas da raçaNelore confinadas e submetidas a alta (A, n=20) ou baixa (B, n=19) ingestão alimentar, recebendo alimentação ad libitum ou70% da dieta de manutenção, respectivamente. Durante a fase de adaptação às dietas, as novilhas tiveram o estro sincronizadocom cloprostenol (Prolise, 0,15 mg, im, ARSA S.L.R., Argentina) e este estro foi observado constantemente (24 horas ao dia)até detecção da ovulação. Ultra-sonografia ovariana e coletas de sangue foram realizadas diariamente a partir da aplicação decloprostenol até a segunda ovulação após esta aplicação. Estes procedimentos visaram acompanhar o desenvolvimento foliculare luteal bem como mensurar as concentrações séricas de estradiol, progesterona, insulina e IGF-I. Na análise estatística,utilizou-se o teste t de Student. Os resultados estão apresentados sob a forma de média ± erro padrão. Após a aplicação docloprostenol, as novilhas do grupo A apresentaram duração de estro mais curta (10,7±2,2 vs 17,1±2,5 h; P=0,07) e comportamentoestral menos intenso (8,9±1,9 vs 29,8±5,1 aceites de monta; P<0,001) quando comparadas às do grupo B. Ao final do cicloestral, o momento da luteólise foi similar (P=0,74) nos dois grupos e ocorreu em média no dia 18,0±0,5. Nos animais queapresentaram ciclo estral normal, caracterizado pela ovulação do folículo em crescimento presente no dia da luteólise, aduração média deste ciclo foi de 21,4±0,7 e 23,4±1,3 dias nos grupos A (n=18) e B (n=16), respectivamente (P=0,18). Nestesanimais dos dois grupos, a distribuição de ciclos com duas, três e quatro ondas foi de 26,5, 52,9 e 17,6%, respectivamente.Além disso, houve uma novilha no grupo B com cinco ondas no ciclo. Apesar das novilhas do grupo A terem ovulado folículosmaiores (14,0±0,2 vs 11,8±0,2 mm; P<0,001), os grupos não diferiram quanto ao pico de estradiol sérico antes da ovulação(12,8±0,6 vs 14,3±1,5 pg/mL para A e B, respectivamente; P=0,35). A taxa de crescimento do folículo ovulatório foi maior nogrupo A (1,2±0,1 vs 0,9±0,1 mm/d; P<0,001) e o número de dias entre a luteólise e a ovulação foi menor (5,2±0,3 vs 6,9±0,5d; P=0,004), podendo estar associados às maiores concentrações séricas de insulina detectadas neste grupo de alta ingestão(14,3±1,8 vs 11,8±0,2 µUI/mL; P=0,02). Inesperadamente, não foi detectada diferença nas concentrações séricas de IGF-Itotal entre os grupos durante o período peri-ovulatório (569,8±1,8 vs 588,9±23,2 ng/mL para A e B, respectivamente; P=0,56).Assim como foi observado para o folículo ovulatório, o volume luteal máximo durante o ciclo estral também foi maior nasnovilhas do grupo A (5198,6±376,0 vs 4095,9±173,7 mm³; P=0,001), entretanto não houve diferença nas concentrações séricasde progesterona, cujo valor máximo foi de 5,6±0,4 ng/mL para o grupo A e 5,2±0,6 ng/mL para o grupo B (P=0,50). Conclui-se que diferentes níveis de ingestão de matéria seca/energia afetam consideravelmente a fisiologia reprodutiva de fêmeasbovinas, podendo refletir em alterações comportamentais e de ciclicidade dos animais. Apoio financeiro: Apoio da FAPDF ajovens pesquisadores No 016/2004-PPP, Embrapa-Macroprograma II, Integral Nutrição Animal e CNPq (bolsa de estudo deM.R. Mollo).OVARIAN FUNCTION IN NELORE HEIFERS UNDER LOW OR HIGH FEED INTAKEStudies have demonstrated that there is great influence of nutrition on reproduction, more specifically on ovarian physiology andfertility. This study aimed to investigate this influence of nutrition in Nelore heifers under high (H, n=20) or low (L, n=19) feedintake, receiving ad libitum diet or 70% of the maintenance diet, respectively. During the diet adaptation period, heifers wheresubmitted to estrus synchronization with cloprostenol (Prolise, 0,15 mg, im, ARSA S.L.R., Argentina) and were constantly observedfor estrus behavior 24 hours a day until detection of ovulation. Ovarian ultrasonography and blood collection were performed dailyfrom cloprostenol injection until the second ovulation after that. These procedures aimed to follow up follicular and luteal developmentas well as to quantify serum concentrations of estradiol, progesterone, insulin and IGF-I. Student t test was used for statisticalanalysis. The results are presented as mean ± SEM. After cloprostenol injection, heifers from the H group showed a shorter estrusduration (10.7±2.2 vs 17.1±2.5 h; P=0.07) and a less intense estrous behavior (8.9±1.9 vs 29.8±5.1 mounts; P<0.001) when comparedto the L group heifers. At the end of the estrus cycle, the day of luteolysis was similar (P=0.74) in both groups (day 18.0±0.5). Withinthe animals that presented a normal estrus cycle, characterized by ovulation of the growing follicle that was present at the time ofluteolysis, the mean cycle length was 21.4±0.7 and 23.4±1.3 days in the groups H (n=18) and L (n=16), respectively (P=0.18). Inthese animals from both groups, the percentage of cycles with two, three or four follicular waves was 26.5, 52.9 and 17.6%, respectively.Moreover, one heifer of the L group presented five follicular waves. Although group H heifers have ovulated greater follicles (14.0±0.2vs 11.8±0.2 mm; P<0.001), the groups did not differ in regard to the estradiol surge prior to ovulation (12.8±0.6 vs 14.3±1.5 pg/mLfor H and L, respectively; P=0.35). Growth rate of the ovulatory follicle was greater in H heifers (1.2±0.1 vs 0.9±0.1 mm/d; P<0.001)and the number of days between luteolysis and ovulation was shorter (5.2±0.3 vs 6.9±0.5 d; P=0,004). These results may be associatedwith the greater serum insulin concentration observed in this group with high feed intake (14.3±1.8 vs 11.8±0.2 µUI/mL; P=0.02).Unexpectedly, we did not detect difference in serum concentrations of total IGF-I between groups during the periovulatory period(569.8±1.8 vs 588.9±23.2 ng/mL for H and L, respectively; P=0.56). Similarly to what had occurred with the ovulatory follicle, themaximum volume achieved by the CL during the cycle was also greater in group H heifers (5198.6±376.0 vs 4095.9±173.7 mm³;P=0.001). However, there was no difference between groups in serum progesterone concentrations. Maximum values of circulatingprogesterone were 5.6±0.4 ng/mL in H heifers and 5.2±0.6 ng/mL in L heifers (P=0.50). In conclusion, different levels of feed/energyintake can affect the reproductive physiology of bovine females, causing alteration in behavior and estrous cycle patterns.

Função ovariana em novilhas Nelore submetidas a baixa ou alta ingestão alimentar.

http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/189293/1/ID291781b.pdf

Função ovariana em novilhas Nelore submetidas a baixa ou alta ingestão alimentar.

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