GIRARDI, E. A.

GONÇALVES, Z. S.

JESUS, O. N. de

LIMA, L. K. S.

SOARES, T. L.

Portuguese

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11ª Jornada Científica – Embrapa Mandioca e Fruticultura | 2017 Susceptibilidade de Passiflora edulis à murcha de fusariose sob estresse  biótico e abiótico  Lucas Kennedy Silva Lima¹; Zanon Santana Gonçalves2; Taliane Leila Soares3; Onildo Nunes de Jesus4 e Eduardo Augusto Girardi4  1Estudante de Doutorado da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, lucas18kennedy@gmail.com;  2Estudante de Doutorado da Universidade Estadual de Santa Cruz, zyarck@gmail.com; 3Pós-Doutoranda da Embrapa Mandioca e Fruticultura, talialeila@gmail.com; 4Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, onildo.nunes@embrapa.br, eduardo.girardi@embrapa.br.   O maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims) é suscetível a diversas doenças de parte aérea e raiz. Dentre as causadas por fungos, a murcha da fusariose, provocada por Fusarium oxysporum f. sp. Passiflorae (Fop), é considerada a mais importante. Em diversas regiões do Brasil a vida útil do pomar não ultrapassa um ano, enquanto que na ausência desta doença o cultivo poderia ser produtivo por ao menos três anos. O controle desta doença é bastante complexo. Além de o patógeno permanecer por vários anos no solo na forma de clamidósporos, o método químico não é efetivo. Desse modo, a utilização de cultivares resistentes a Fop é a melhor estratégia, porém até o momento não está disponível comercialmente. A identificação e seleção de genótipos resistentes é realizada em condições de campo em áreas infestadas pelo Fop. Em função dessa condição, o tempo de avaliação e custos com tratos culturais oneram o processo de seleção, além de haver influência de outras doenças que podem dificultar a diagnose. Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar a susceptibilidade de mudas de P. edulis propagadas por sementes, submetidas a um estresse biótico “A”. O trabalho foi realizado em condições de casa de vegetação na Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas, Bahia. O genótipo de P. edulis utilizado foi o híbrido BRS Gigante Amarelo. Aos 30 dias após a emergência das plântulas, as mudas foram inoculadas utilizando-se o isolado Fop-05 da micoteca do Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura, por imersão das raízes durante 10 minutos em solução de conídios ajustada a 106. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial duplo 2 x 2 (estresse biótico “A” x presença ou ausência do patógeno), com quatro tratamentos, distribuídos em quatro repetições e dez plantas na parcela. Quando plantas inoculadas com sintomas típicos de Fop (murcha e escurecimento interno dos vasos) foram identificadas, fragmentos radiculares foram coletados com 2-4 cm de comprimento para avaliar a colonização dos tecidos do hospedeiro pelo Fop. O sintoma da doença foi avaliado no caule e raiz, através de visualização externa (regiões necrosadas, rachaduras do caule e formação de calos) e interna (coloração vascular). Assim, foi possível atribuir notas de 1 a 4 para avaliar os sintomas em cada Indivíduo, onde 1 = planta saudável; 2 = planta sem sintomas externos e com sintomas internos; 3 = planta com sintomas externos e internos; 4 = morte ocasionada pelo Fop. Os resultados demonstram que 70,4% das mudas de P. edulis, quando inoculadas e submetidas ao estresse biotico “A”, manifestaram sintomas externos de murcha e internos com descoloralção vascular, ao passo que as plantas controle inoculadas apresentaram 49,2% de murcha, o que representa um incremento de 43,1% na manifestação de murcha quando utilizado o estresse biotico “A”. A porcentagem de plantas vivas, mas que apresentaram sintomas externos de descoloração das raízes e caule, foi de 10,2% quando utilizado o estresse biótico “A” e 30,8% nas plantas controle (apenas inoculadas). Já a pocentagem de plantas vivas sem sintomas foi semelhante, com 19,3 e 20,0% para as plantas com estresse abiótico “A” e seu controle, respectivamente. As análises histopatológicas demonstraram uma maior presença de clamidósporos nas raízes das plantas inoculadas e submetidas ao estresse “A”, indicando que a associação entre estresse biótico e abiótico “A” implicam em maior susceptibilidade de P. edulis ao Fop. Esses resultados abrem a perspectiva da utilização do estresse combinado na seleção de genótipos resistentes de ao Fop. Significado e impacto do trabalho: O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá amarelo, no entanto, a sua posição vem sendo ameaçada por diversas doenças, das quais destaca-se a murcha de fusariose do maracujá, que é causada por um fungo de solo. Este estudo demonstrou que a associação de uma condição desfavorável ao desenvolvimento da planta aumentou a incidência de fusariose. Esses resultados podem ajudar na identificação de plantas resistentes a essa doença. Assim, o programa de melhoramento genético da Embrapa poderá desenvolver a primeira cultivar de maracujá amarelo resistente à fusariose.  

Susceptibilidade de Passiflora edulis à murcha de fusariose sob estresse biótico e abiótico

http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/1083904/1/RGS13417V01RV1Aprovado.pdf

Susceptibilidade de Passiflora edulis à murcha de fusariose sob estresse biótico e abiótico

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