O presente trabalho teve o objetivo de fazer um levantamento participativo da produção de um grupo de agricultores em transição agroecológica a fim de subsidiá-los para o acesso a compras governamentais e institucionais. Foi utilizada uma adaptação do Calendário Sazonal, utilizado no Diagnóstico Rápido Participativo Agroecossistemas ? DRPA com a finalidade de obter as vendas mensais dos agricultores e os recebidos pelos produtos. Os resultados mostraram que o grupo de agricultores produz e vende em torno de 33 produtos, porém apenas quatro (laticínios, mandioca, alface e abobora) representam 61% do valor da produção anual. A renda bruta mensal média por família foi de R$ 1.484,00, representando cerca de 1,88 salários mínimos, sem contar o autoconsumo.Agroecol 2016. 1 CD-ROM. Publicado também em: Cadernos de Agroecologia, v. 11, n. 2, 2016

COSTA, E. A. da

FEIDEN, A.

JUNG, L. H.

SILVA, M. da

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       Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – V. 11, N. 2, 2016                             1  Levantamento Participativo da Produção de Hortaliças no Assentamento 72, município de Ladário-MS,  colhidas e vendidas pelo Grupo Bem Estar no ano de 2015.  Participatory Survey of Vegetable Production in the Land Reform Settlement 72, in Ladário, MS, Harvested and Sold by the Grupo Bem Estar in the year 2015.  FEIDEN, Alberto1; JUNG, Leandro Henrique2; SILVA, Márcio da3; COSTA, Edgar Aparecido da4.   1Embrapa Pantanal, Corumbá, MS, alberto.feiden@embrapa.br; 2Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural - AGRAER, Ladário, MS, ljung@agraer.ms.gov.br; 3Fundação do Meio Ambiente de Ladário, Ladário, MS, meioambientefundacao@gmail.com; 4Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Corumbá, MS, edgarac10@gmail.com.   Resumo: O presente trabalho teve o objetivo de fazer um levantamento participativo da produção de um grupo de agricultores em transição agroecológica a fim de subsidiá-los para o acesso a compras governamentais e institucionais. Foi utilizada uma adaptação do Calendário Sazonal, utilizado no Diagnóstico Rápido Participativo Agroecossistemas – DRPA com a finalidade de obter as vendas mensais dos agricultores e os recebidos pelos produtos. Os resultados mostraram que o grupo de agricultores produz e vende em torno de 33 produtos, porém apenas quatro (laticínios, mandioca, alface e abobora) representam 61% do valor da produção anual. A renda bruta mensal média por família foi de R$ 1.484,00, representando cerca de 1,88 salários mínimos, sem contar o autoconsumo.  Palavras-chave: Pesquisa Participativa, Agroecologia, Produção Orgânica, Agricultura Familiar.   Abstract: The objective of this work was access the production quantity and value of a group of farmers in agroecological transition in order to help them to access of government and institutional procurement. It was used an adaptation of the Seasonal Calendar, used in Rapid  Participative Agroecosystems Access - RPAA to obtain the monthly farmers sales and the prices they received by their products. The results showed that the group of farmers produces and sells around 33 products but only four (dairy products, cassava, lettuce and squash) represent 61% of the value of the annual production. The monthly gross income average per family was $1,484,00, representing approximately 1.88 minimum wage, without counting the on-farm consumption.  Keywords: Participatory research, Agroecology, organic production, Family Farming.   Introdução  No município de Ladário-MS, está localizado o Assentamento 72, com 85 unidades familiares, tendo em média 18 ha cada unidade familiar, que produzem mandioca,        Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – V. 11, N. 2, 2016                             2  milho e feijão, frutíferas nos quintais (banana, laranja, acerola) e criação de animais de pequeno porte (galinhas, patos, porcos) principalmente para subsistência e com pequenos excedentes para comercialização (COSTA et al., 2012). Os solos encontrados no Assentamento 72 estão distribuídos entre as classes Chernossolos, Gleissolos, Planossolos e Vertissolos. De maneira geral, quando secos se apresentam de consistência dura e quando úmidos são friáveis e quando molhados muito plásticos e muito pegajosos (CARDOSO et. al., 2002), o que dificulta as operações agrícolas, principalmente as manuais. O clima colabora para algumas dificuldades produtivas, pois embora chova cerca de 1120 mm por ano, estas chuvas se concentram em três a quatro meses e o restante do ano pode apresentar seca extrema (SILVA et. al., 2000). A água dos poços do assentamento é limitada, e contém altos teores de carbonato de cálcio, porém é a única disponível na seca, e os agricultores se utilizam dela para os animais e hortas (CAMPOLIN et al., 2010).  Neste assentamento desde 2011, as equipes da Embrapa Pantanal e UFMS, Campus Pantanal realizam trabalhos de transição agroecológica e de organização dos agricultores com vistas a aumentar a segurança alimentar dos agricultores e produzir alimentos para atender as populações urbanas de Corumbá e Ladário.  Este trabalho culminou em 2015 na formação do Grupo de Agricultores Agroecológicos Bem Estar, um grupo informal que tem como objetivo, em curto prazo, organizar a comercialização da produção e, em médio prazo, se converter em uma Organização de Controle Social (OCS) para garantir a produção orgânica para venda direta sem certificação, e posteriormente se transformar em um núcleo da Certificadora Participativa APOMS.   Embora nos últimos anos tenham sido criadas diversas políticas públicas em apoio à Agricultura Familiar, na sua maioria, apenas uma pequena faixa dos agricultores mais capitalizados, que possuem documentação em dia e que tem maior capacidade de planejamento tem se beneficiado destas políticas.  Para os programas de compras governamentais, tais como PAA, PNAE e compras institucionais, um dos problemas é a definição dos editais sem consultar os agricultores sobre os tipos de produtos que conseguem produzir, e por isso muitas vezes esses editais pedem produtos que não são produzidos na região e por outro lado muitas vezes não incluem produtos que os agricultores locais produzem. Por outro lado, agricultores pobres não têm o hábito de anotar ou contabilizar o que produzem, o que os coloca em situação de inferioridade no momento de fazer a negociação com os agentes institucionais que realizam as compras.   Com o objetivo de inverter esta lógica de elaboração de editais foi feita de forma participativa, com os agricultores, uma estimativa do potencial de produção de        Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – V. 11, N. 2, 2016                             3  hortaliças pelo grupo, a fim se subsidiar sua negociação com os agentes governamentais (FEIDEN et al, 2016).  O presente trabalho mostra a continuidade destas ações no ano de 2015 e início de 2016, quando foram feitos levantamentos participativos dos produtos que o Grupo Bem Estar realmente produziu e comercializou mensalmente, ao longo do ano. Também foram calculados os valores obtidos por cada agricultor e pelo conjunto do grupo. Estas informações foram utilizadas no ano de 2016 para a tomada de decisões da equipe, como a de iniciar uma feira em transição agroecológica na UFMS, campus Pantanal, e pelos agricultores para apoiar a negociação das compras governamentais, além de solicitar apoio a todos os candidatos a prefeito do município de Ladário.   Metodologia  A pesquisa foi conduzida ao longo do ano de 2015 e no início de 2016, no assentamento 72, situado na Borda Oeste do Pantanal, no município de Ladário, Mato Grosso do Sul. Foi utilizada uma adaptação do Calendário Sazonal, empregado no Diagnóstico Rápido Participativo Agroecossistemas – DRPA conforme descrito em Campolin & Feiden (2011) e as alterações feitas por Feiden et al (2016). Foram feitas diversas reuniões utilizando uma ficha individual para cada agricultor anotar as suas vendas de mês a mês e os preços recebidos pelos produtos. Alguns usaram as anotações que foram estimulados a fazer, mas a maioria não tem o costume de fazer anotações e as mesmas eram fragmentárias. Assim eles foram estimulados a lembrar das vendas feitas nos períodos anteriores, sendo as mesmas anotadas. Durante as discussões também foram anotadas outras informações relevantes sobre a produção dos agricultores, que serviram para apoiar as decisões tomadas pela equipe.  Durante o ano de 2015 foram feitas 3 reuniões com 7 famílias do Grupo Bem Estar e outra no início de 2016. Os dados individuais de cada agricultor foram então passados para uma planilha eletrônica e devolvidos a ele para corrigir eventuais inconsistências. Os dados consolidados de 6 dos sete agricultores que participaram das atividades, foram discutidos com o grupo, sendo que os dados individuais foram considerados sigilosos e devolvido individualmente a cada agricultor.   Resultados e discussões  A Figura 1 mostra as quantidades de produtos que os 6 agricultores do Grupo Bem Estar produziram e venderam mês a mês durante o ano de 2015. Foram comercializados 46 tipos ou variedades de produtos ao longo do ano, sendo reduzidos a 34 produtos se agrupados os que tem variedade diferentes ou formas de processamento diferentes. A rigor os produtos que estão em transição agroecológica        Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – V. 11, N. 2, 2016                             4  são apenas os produtos de origem vegetal não processados, totalizando 27 produtos, excluídas as repetições dos que possuem mais de uma variedade.  Figura 1. Produtos vendidos mensalmente por seis agricultores do Grupo de Agricultores Agroecológicos Bem Estar do Assentamento 72 em Ladário, MS durante o ano de 2015.  Já os produtos de origem animal como ovos, leite, frango e pato, além de não serem agroecológicos, não estão legalizados, já que o município não possui um sistema de        Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – V. 11, N. 2, 2016                             5  inspeção municipal (SIM) para produtos de origem animal. O mesmo ocorre com os produtos processados como pão, queijo, doce de leite e doces de frutas, que não estão legalizados pela vigilância sanitária municipal. A discussão sobre estes tópicos entre a equipe técnica e os agricultores levou à decisão de encaminhar reivindicações aos cinco candidatos a prefeito, sendo que entre as principais estão a legalização dos produtos de origem animal e dos produtos processados, inclusive com consórcio com o município de Corumbá, que possui mercado consumidor muito maior que Ladário.   Ao contrário das projeções feitas anteriormente (FEIDEN et al, 2016), as quantidades totais de produtos vendidas mês a mês ao longo do ano não variaram muito. No entanto, de maneira geral, pode-se notar uma concentração das hortaliças folhosas nos meses de maio a novembro, que no entanto é compensada pelos produtos de origem animal e por hortaliças mais resistentes ao período da chuva, como mandioca, milho verde e quiabo além de frutas como seriguela, acerola e limão que se concentram neste período.  A Figura 2 mostra o valor total dos produtos vendidos mensalmente pelos seis agricultores durante o ano de 2015. Embora os dados mostram que não há nenhum produto predominante na formação do valor total da produção vendida pelo grupo. No entanto, o produto que produziu a maior renda foi o queijo, mostrando que vale a pena o poder público investir na legalização da produção deste produto. Somado ao leite e doce de leite, chega a formar quase 25% da renda produzida pelo grupo. Como a produção de leite no assentamento é muito dependente das condições climáticas (mostrado pelo decréscimo da produção nos meses mais secos), além do investimento para a legalização dos produtos, será necessário investir em tecnologias para alimentação dos animais na seca, mantendo a estabilidade de produção ao longo do ano.  O segundo produto que mais gerou renda individualmente foi a mandioca, cultura que foi vendida durante todo o ano, que é de fácil produção em sistemas agroecológicos, e que tem mercado garantido na região, mas para a qual os agricultores do grupo não dão muito valor. É um produto cuja produção pode ser facilmente ampliada, e que facilmente pode agregar valor através de processamento mínimo, podendo ser vendida descascada, congelada ou não. Aliás, a venda descascada poderia ampliar sua participação nas compras públicas e institucionais, que estão limitadas porque merendeiras e cozinheiros não tem tempo para descascá-la. Porém, o processamento mínimo depende de legalização do processo junto à vigilância sanitária do município.  O terceiro produto em valor é o grupo da alface, que é a cultura que mais se expandiu, devido sua grande procura, facilidade de produção e boa lucratividade. O risco é que a especialização em alface faça com que outros produtos sejam negligenciados e assim o mix de produtos corre o risco de diminuir prejudicando a atratividade das feiras e os editais de chamadas públicas, pois ambos exigem diversidade de produtos.        Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – V. 11, N. 2, 2016                             6  Em quarto lugar em valor vem a abobora, cultura  de fácil produção e que também poderia se beneficiar de processamento mínimo e ampliar sua produção e o valor agregado.  Figura 2. Valor dos produtos vendidos mensalmente por seis agricultores do Grupo de Agricultores Agroecológicos Bem Estar do Assentamento 72 em Ladário, MS durante o ano de 2015.   Juntos, estes quatro grupos de produtos representaram cerca de 61 % do valor de produção, sendo que os demais produtos apesar de em maior quantidade, tem importância econômica menor, o que mostra que é preciso avançar mais em        Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – V. 11, N. 2, 2016                             7  diversificação da produção do grupo. Embora seja difícil para um único agricultor ampliar muito a quantidade de produtos que pode produzir em sua propriedade, uma melhor organização da produção dentro do grupo pode permitir uma maior variedade de produtos disponíveis para o mercado e um melhor atendimento para compras públicas e institucionais.  A renda média por agricultor está em torno de R$ 17.810,00 o que significa uma renda de média mensal por agricultor de R$ 1.484,00 sem contar com o autoconsumo. Embora se trate de renda bruta, é uma renda bastante razoável para a região, equivalendo a 1,88 salários mínimos. No entanto, a composição da média é bastante desigual, sendo que o valor bruto médio mensal máximo dos membros do grupo é de R$ 2.192,14 e o mínimo é de R$ 697,29. Além desse, mais um agricultor possui renda bruta mensal inferior a um salário mínimo.  Apesar da diferenças entre eles, os agricultores estão evoluindo e se capitalizando lentamente, como é observado nas vistas aos seus sítios. No entanto, no atual estágio de organização do grupo de agricultores ainda é necessário um forte apoio externo aos mesmos, tanto em tecnologias de produção, como em “tecnologias organizacionais”.   Conclusões Em 2015 os agricultores venderam 27 produtos vegetais que estão em transição agroecológica, excluídas as repetições dos que possuem mais de uma variedade.  Também foram comercializados produtos de origem animal como ovos, leite, frango e pato, que não estão em processo de  transição agroecológica, além de não estarem legalizados porque que o município não possui um Sistema de Inspeção Municipal (SIM) para produtos de origem animal.  O mesmo ocorre com os produtos processados como pão, queijo, doce de leite e doces de frutas, que não estão legalizados pela vigilância sanitária municipal.  O grupo de produtos que mais contribuiu para o valor total de produção foi o de derivados do leite, que representou quase 25 % do valor da produção anual.  Quatro grupos de produtos, leite e derivados, mandioca, alface e abóbora representaram cerca de 61 % do valor de produção, sendo que os demais produtos apesar de em maior número, tem importância econômica menor, evidenciando a necessidade de avançar na diversificação.  Dos seis agricultores do grupo, dois tiveram renda bruta inferior a um salário mínimo, mas todos mostram sinais de evolução em suas unidades produtivas.         Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – V. 11, N. 2, 2016                             8   Agradecimentos Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq – Brasil, pelo apoio financeiro à pesquisa através do Edital CHAMADA MCTI/SECIS/MTE/SENAES/CNPq Nº 89/2013. Linha B: Apoio à formação e institucionalização de novas incubadoras tecnológicas de economia solidária.   Referências bibliográficas  CAMPOLIN, A.I: FEIDEN, A. (2011), Metodologias Participativas em Agroecologia; Documentos 115, Embrapa Pantanal Corumbá, MS.  CAMPOLIN, A. I.; FEIDEN, A.; LISITA, F. O.; COSTA, M. dos S. Caracterização do sistema de olericultura para transição agroecológica: potencial para geração de renda e segurança alimentar em assentamentos da reforma agrária no Pantanal. Cadernos de Agroecologia, ABA-Agroecologia, Porto Alegra, Vol 5 N.1, 2010. Não Paginado.  CARDOSO, E.L.; OLIVEIRA, H., PELLEGRIN, L.A.; SPERA, S.T.; SPERA, M.R.N.  Solos do Assentamento 72, Ladário – MS: caracterização e potencial agrícola. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2002. 33 p.il. (Embrapa Pantanal. Documentos, 34).  COSTA, E.A. et al (2012). Principiar do desenvolvimento territorial no assentamento rural 72, em Ladário-MS, Brasil. In: Saquet, M. A. et al. Geografia da e para a cooperação ao desenvolvimento territorial: experiências brasileiras e italianas. São Paulo: Editora Outras Expressões, p.25-145.  FEIDEN, Alberto; ALMEIDA, CONCEIÇÃO, Cristiano Almeida; CONCEIÇÃO, Valdinei da; SILVA, Ana Maria dos Santos; BORSATO, Aurélio, Vinicius, Levantamento Participativo do Potencial de Produção de Hortaliças: Uma Ferramenta para Apoiar o Acesso a Políticas Públicas, 12ª FEIRA DE SEMENTES CRIOULAS E NATIVAS E DE PRODUTOS AGROECOLÓGICOS E 5º SEMINÁRIO SOBRE USO E CONSERVAÇÃO DO CERRADO DO SUL DO MATO GROSSO DO SUL, 15 a 17 de julho de 2016, EM JUTI, MS, Anais…, Dourados, UFGD, np (CD-Rom).  SILVA, J. dos S. V. (Org.). Zoneamento da Borda Oeste do Pantanal: Maciço do Urucum e adjacências. Brasília: Embrapa Comunicação e Transferência de Tecnologia, 2000. 211 p. il.  

Levantamento participativo da produção de hortaliças no Assentamento 72, município de Ladário-MS, colhidas e vendidas pelo Grupo Bem Estar no ano de 2015.

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Levantamento participativo da produção de hortaliças no Assentamento 72, município de Ladário-MS, colhidas e vendidas pelo Grupo Bem Estar no ano de 2015.

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