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NIVEIS DE SUPERÓXIDO DISMUTASE REVELAM STRESS OXIDATIVO AUMENTADO NA POLINEUROPATIA AMILOIDÓTICA FAMILIAR

Abstract

NIVEIS DE SUPERÓXIDO DISMUTASE REVELAM STRESS OXIDATIVO AUMENTADO NA POLINEUROPATIA AMILOIDÓTICA FAMILIAR Henrique Reguengo1,2, Maria Luís Cardoso2, Teresa Coelho3, Ana Martins3, Marta Novais3, Madalena Cruz1, Isabel Fonseca3, Berta Martins4, Franklim Marques2 1Serviço de Química Clínica, HSA/CHP, 2FFUP, 3Unidade Clínica de Paramiloidose, HSA/CHP, 4Laboratório de Imunogenética, ICBAS/UP. Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto (HSA/CHP), Porto. Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto (FF/UP), Porto. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto (ICBAS/UP), Porto. Introdução A polineuropatia amiloidótica familiar (PAF) é provocada por mutações no gene da transtirretina, principalmente em resultado da mutação TTRv30M no caso de Portugal. Estudos recentes em vários tipos de amiloidoses revelam que o stress oxidativo pode estar envolvido quer na produção das fibrilas de proteína amilóide, quer na modificações pós formação das fibrilas. A enzima superóxido dismutase (SOD) desempenha um importante papel antioxidante que protege as células expostas aos radicais superóxido. O presente estudo pretendeu avaliar o stress oxidativo nesta patologia. Material e Métodos A amostra em estudo incluiu 40 doentes com PAF e 45 portadores assintomáticos da mutação, seguidos habitualmente na Unidade Clínica de Paramiloidose do CHP. Foi ainda considerado um grupo controlo de 26 indivíduos saudáveis. Avaliou-se a concentração de SOD intra-eritocitária com um método colorimétrico disponível no KIT RANSOD ref SD 125 da Randox. A análise estatística foi efectuada utilizando o software SPSS, versão 19. Resultados Os valores de SOD obtidos foram os seguintes: Controlos: (1208±254 U/g Hb), Portadores assintomáticos (1436±62 U/g Hb), Doentes com PAF (1455±350 U/g Hb). Os valores resultaram da média de três réplicas. Os valores de SOD foram significativamente mais elevados no grupo de doentes com PAF e nos portadores assintomáticos, comparativamente ao grupo controlo (respectivamente P=0.003 e P=0.013). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os doentes com PAF e os portadores assintomáticos. No grupo de doentes com PAF verificou-se uma correlação positiva significativa entre os valores de SOD e Proteína C reactiva (r=0.45, P =0.013). Conclusão A alteração da concentração da SOD nos doentes com PAF sugere uma maior exposição dos mesmos a fenómenos de stress oxidativo comparativamente ao grupo controlo. Dado que este fenómeno pode ter influência quer no despoletar, quer no curso da patologia da doença, justifica-se uma maior atenção e estudo deste fenómeno nestes doentes. Apresentador: Henrique Reguengo, Técnico Superior de Saúde, Serviço de Quimica Clínica, HSA/CHP; Aluno de Doutoramento em Ciências Farmacêuticas, FF/UP

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