DEWES, I. S. L.

FERREIRA, J. L.

GARCIA, J. F.

MAZZOCATO, A. C.

Portuguese

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18. Avaliação da germinação de três espécies do gênero Bromus L.Juliana Furtado Garcia'; Ingrid Shaianne Lopes Dewes'; Juliano Lino Ferreira'; AnaCristina Mazzocato * ana.mazzocato@embrapa.br 2I Acadêmicas de Agronomia - URCAMP e Bolsistas CNPq e FAPERGS na Embrapa PecuáriaSul, Bagé - RS; 2 Dr., Pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul, Bagé - RS;RESUMOAs espécies mais importantes do gênero Bromus L. na América do Sul são B. auleticus Trin. exNees, B. brachyanthera Dõll e B. catharticus Vahl. Assim, para entender a sua variabilidadegenética, o trabalho objetivou comparar os resultados da germinação dessas três espécies deBromus com relação à viabilidade das sementes. O teste de germinação foi desenvolvido naEmbrapa Pecuária Sul, Bagé - RS, conforme as Regras para Análise de Sementes (RAS). Osacessos utilizados foram 6, 8, 10 e 19 de B. auleticus, 454 e 460 de B. brachyanthera e 455 e 464de B. catharticus. A análise estatística detectou diferenças significativas em todas as variáveis[índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento de raiz e parte aérea] comparando as trêsespécies e seus respectivos acessos.PALA VRAS-CHA VE: cevadilha vacariana, forrageira nativa, viabilidade de sementes, bancoativo de germoplasma (BAG), acessos.89XXIV Reunión del Grupo Técnico en Forrajeras del Cono Sur-Grupo Campos13 y 14 de julio de 2017 en Tacuarembó-UruguayINTRODUÇÃOo gênero Bromus L. possui centenas de espécies, sendo elas anuais e perenes. Tipicamente essasespécies são de estação fria e variam bastante quanto ao seu uso e adaptação [1]. B. auleticus Trin.ex Nees, é uma gramínea nativa do sul do Brasil, Uruguai e Argentina. Pelo fato de ser perene,possui alta possibilidade de fornecer forragem no outono-inverno [2]. A sua alta qualidade deforragem contrasta com a baixa produção de sementes, tomando-se um fator limitante para adomesticação e comercialização da espécie [3]. Da mesma forma, B. brachyanthera DõU também éperene, porém pouco produtiva. Ocorre na sombra de árvores, sendo frequente em algumas regiões[4]. Bromus catharticus Vahl, além de ser tolerante a seca, é considerada a forrageira maisimportante em termos de quantidade de produção de sementes certificadas na Argentina [5]. Oobjetivo do trabalho foi comparar os resultados da germinação de três espécies de Bromus e seusrespectivos acessos, perante a viabilidade das sementes coletadas no ano de 2015 e odesenvolvimento das plântulas, por meio das variáveis comprimento de raiz e de parte aérea.MATERIAL E MÉTODOSO trabalho foi conduzido na Embrapa Pecuária Sul, Bagé - RS, de 16 de março a 13 de abril de2017. Foram utilizadas sementes de três espécies de Bromus do Banco Ativo de Germoplasma(BAG) de Forrageiras do Sul da Embrapa Pecuária Sul, coletadas no ano de 2015, em diferentesmunicípios do estado do Rio Grande do Sul, sendo conservadas à temperatura de 4° C.Os acessos utilizados foram 6, 8, 10 e 19 de B. auleticus, 454 e 460 de B. brachyanthera e 455 e464 de B. catharticus. O experimento foi efetuado com quatro repetições de 25 sementes poracesso, as sementes foram semeadas sobre rolos de papel-EP umedecidos com água destilada,seguindo as Regras para Análise de Sementes [6]. No final da avaliação realizaram-se as medidasdo comprimento de raízes e da parte aérea de plântulas, sendo também obtido o índice develocidade de germinação, segundo fórmula de Maguirre [7]: IVG = (GI/NI) + (nJN2) + (G3/N3) +... + (Gs/N«). Após o término do experimento as plântulas foram mantidas em casa de vegetação.Os dados foram submetidos à análise de variância e posteriormente o teste comparativo de médias(Scott e Knott 5%) no aplicativo "Genes" v.2013.5.1 [8].RESULTADOS E DISCUSSÃO90A análise de variância revelou que as espécies do gênero Bromus tiveram diferença na germinação.A variável comprimento de parte aérea teve diferença significativa e as outras duas variáveis, IVGe comprimento de raiz, foram altamente significativas (Tabela 1).No IVG destacou-se a espécie B. brachyanthera acesso 460. Para a variável comprimento de raiz,B. catharticus acesso 464 se destacou perante as demais espécies e acessos. No comprimento departe aérea B. catharticus acessos 455 e 464, e B. brachyanthera acesso 460 tiveram as maioresmédias, respectivamente. Em B. auleticus o acesso 19 vem se apresentando interessante, conformetrabalhos anteriores [9], o que demonstra um possível genitor para o melhoramento genético dessaespécie.Tabela 1- Comparação de médias de espécies e acessos de Bromus em função do Índice de Velocidadede Germinação (IVG) e das medidas de raiz e parte aérea das plântulas obtidas em Bagé-RS. 2017Acessos . IVGl Comp~imento Compri?Iento de Partede Raiz (em) Aerea (em)B. au/eticus (6) 3,7476 d 2,7532 c 4,5917 bB. auleticus (8) 3,3606 d 2,1214 c . 4,55 bB. auleticus (10) 3,4637 d 3,0278 c 4,8444 bB. auleticus (19) 10,1043 c 2,7435 c 4,5758 bB. brachyanthera (454) 18,5666 b 3,9635 c 5,4432 bB. catharticus (455) 19,7358 b 4,4971 b 7,7371 aB. brachyanthera (460) 24,8283 a 5,4531 b 6,1906 aB. catharticus (464) 15,3226 b 6,5692 a 7,425 aQuadrados médios 283,7416** 69,5291 ** 48,0311 **Significativo; **Altamente significativo. 1 IVG: Indice de velocidade de germinação. Letras iguais namesma coluna não diferem pelo teste de Scott Knott a 5 %.XXIV Reunión deI Grupo Técnico en Forrajeras deI Cono Sur-Grupo Campos13 y 14 de julio de 2017 en Tacuarembó-UruguayCONCLUSÕESOs resultados permitiram verificar que as três especies do gênero Bromus possuem umcomportamento diferente entre elas na germinação, além de uma diversidade intraespecífica para asvariáveis analisadas.REFERÊNCIAS BmLIOGRÁFICAS[6] Brasil, 2009. Regras. para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Mapa! ACS, Brasília.[3] Burkart, A. Gramíneas. Flora ilustrada de EntreRíos (Argentina). Colección Científica INTA 6(2): 1-551.1969.[8] Cruz, C.D. Genes: A Software Package for Analysis in Experimental Statistics and QuantitativeGenetics. Acta Scientiarum: Agronomy, 35,271-276.2013.[7] Maguire, J.D. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence andvigor. Crop Science, 2: 176-177. 1962.[1] Mabberley, DJ. The plant-book. Cambridge: Cambridge University Press, 1997. 858p.[9] Dewes, I.S.L.; Artico, L.L.; Garcia, J.F.; Leitte, L. G.; Mazzocato, A.C.; Ferreira, J.L.Avaliação da germinação de quatro acessos de diferentes lotes de sementes de Bromus auleticus.In: Anais ... XXVII Congresso Brasileiro de Zootecnia - ZOOTEC 2017, Santos, SP, 2017.[2] Olmos, F. Forrajera de invierno para Ia región noreste: Bromus auleticus. Tacuarembó: InstitutoNacional de Investigación Agropecuaria, 1993. p.I-22.[4] Rosengurtt, B.; Maffei, B.R.A.de; Artuccio, P.I.de. Gramineas Uruguayas. Montevideo:Universidad De La Republica - Departamento de Publicaciones, 1970.[5] Rosso, B.; Pagano, E.; Rímieril, P.; Rios, R. Characteristics of Bromus cartharticus Vahl(poaceae) natural populations collected in the central area of Argentina. Scientia Agricola, 66, n.2,p.276-279,2009.

Avaliação da germinação de três espécies do gênero Bromus L.

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