Ecotoxicidade de nanotubos de carbono revestidos com ácido húmico sobre Daphnia magna.

Abstract

Devido à crescente produção e aplicação de nanomateriais em diversos setores industriais, a avaliação de sua ecotoxicidade é fundamental. Todavia, a estabilidade coloidal é um dos fatores que mais a influenciam, desempenhando efeitos substanciais sobre a biodistribuição e destino destes materiais no ambiente aquático. Nanotubos de carbono de paredes múltiplas foram revestidos com ácido húmico por um processo mecanoquímico, sem uso de solventes químicos, com a finalidade de alcançar uma dispersão coloidal adequada para estudos de ecotoxicidade de nanotubos de carbono. Ensaios de ecotoxicidade aguda (48 h) foram realizados com o microcrustáceo Daphnia magna nas concentrações de 0,1;1,0; 5,0 e 10 mg/L de nanotubos revestidos. A estabilidade coloidal foi monitorada por meio da análise do tamanho das partículas (diâmetro hidrodinâmico) e potencial Zeta (carga superficial) no meio de cultivo dos organismos (água reconstituída). O diâmetro hidrodinâmico e o potencial Zeta das partículas mantiveram-se constantes durante as 48 horas de exposição, e não foram observados efeitos de ecotoxicidade aguda. Microscopia de força atômica, espectroscopia ultravioleta-visível e termogravimetria foram empregadas para a caracterização dos nanotubos. Concluímos que o método/processo de dispersão empregado foi eficiente para proporcionar estabilidade coloidal ao nanomaterial em água reconstituída, permitindo assim, uma avaliação correta de sua ecotoxicidade sobre D. magna

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