AGUIAR, F. S.

JESUS, O. N. de

SANTOS, I. S. dos

SOARES, T. L.

Portuguese

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10ª Jornada Científica – Embrapa Mandioca e Fruticultura | 2016  Recursos genéticos do maracujazeiro: caracterização e desenvolvimentos de novos híbridos  Filipe Silva Aguiar1, Idália Souza dos Santos1, Taliane Leila Soares2, Onildo Nunes de Jesus3  1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, felipeaguiiiar@hotmail.com; idaliasouza@gmail.com; 2CAPES/Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas, talialeila@gmail.com, 3Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas, onildo.nunes@embrapa.br   O maracujazeiro amarelo (P. edulis f. flavicarpa) é uma planta nativa da América Tropical que apresenta precocidade na produção quando comparada a outras frutíferas. No entanto, diversos problemas fitossanitários estão limitando a produtividade e tempo de exploração da cultura, dentre os principais fatores destaca-se a falta de variedades resistentes às doenças. Portanto, o objetivo do trabalho foi caracterizar morfoagronômicamente cinquenta e três genótipos de Passiflora spp. O experimento foi conduzido no campo experimental da Embrapa Mandioca e Fruticultura. O delineamento experimental utilizado foi em blocos aumentados, com cinco repetições e cada parcela constituída por nove plantas. Os tratamentos não comuns foram compostos por vinte e quatro acessos e os tratamentos comuns por quatro acessos de P. edulis e uma variedade comercial. Para a caracterização morfológica utilizou-se 56 descritores, sendo 39 qualitativos e 17 quantitativos incluindo atributos relacionados à folha, flor e ramo. Para a qualidade física e química dos frutos avaliou-se os seguintes caracteres: coloração da casca, massa do fruto, comprimento e diâmetro do fruto, espessura de casca, massa da casca, massa da polpa, teor de sólidos solúveis totais, acidez titulável e ratio. Para a avaliação da severidade da virose em condições de ocorrência natural utilizou-se o critério de sintomatologia visual com base numa escala de notas que variou de 1 (resistente) a 4 (altamente suscetível). Os dados morfológicos foram submetidos à análise multivariada utilizando como medida de dissimilaridade a distância de Gower e o método de agrupamento UPGMA (Unweighted Pair Grouped Method Average). Já os dados físico-químicos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05). A severidade do CABMV foi quantificada por meio do índice de doença. A maior distância genética entre os genótipos de maracujazeiro, calculadas aos pares, a partir da distância de Gower, foi observada entre o BGP170 (P. mallacophylla L.) e BGP039 (P. edulis f. flavicarpa) com 0,56. Em contrapartida, a menor dissimilaridade foi observada nos genótipos BGP 342, BGP 077, BGP 405 PA e BGP 242, variando entre 0,00 e 0,01, indicando que estes genótipos são bastante semelhantes com base nos caracteres avaliados, além de pertencerem à espécie P. cincinnata Mast. Para a maioria dos genótipos de maracujazeiro estudados não foi observada diferença significativa entre os caracteres físico-químicos avaliados, à exceção da massa do fruto e a relação comprimento/diâmetro do fruto. Mais de 60% dos genótipos avaliados, apresentou massa de fruto variando de 181,52 g a 261,85 g. A relação entre o comprimento e diâmetro apresentou valores acima de 1 confirmando o formato oblongo ou ovoide dos frutos. A severidade da virose do endurecimento do fruto apresentou amplitude de variação de 0 a 95,2% com destaque para um acesso de P. setacea e um de P. edulis considerados resistente e altamente susceptível, respectivamente. Desse modo, conclui-se que os genótipos de maracujazeiro estudados demostram ampla variabilidade com base nos caracteres morfológicos, físicos e químicos dos frutos e em relação a severidade a virose, sendo possível selecionar, desta forma, os indivíduos mais promissores para o programa de melhoramento do maracujazeiro.   Significado e impacto do trabalho: A produção do maracujá amarelo é afetada por várias doenças, entre elas a virose. Portanto é necessária a identificação de materiais mais produtivos e com resistência genética a esta doença. Neste trabalho foi possível identificar plantas tolerantes ao vírus e com frutos adequados ao mercado consumidor, que poderão ser utilizadas para o desenvolvimento de novas cultivares. 146

Recursos genéticos do maracujazeiro: caracterização e desenvolvimentos de novos híbridos.

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