ALMEIDA, M. S.

CHAGAS, E. A.

CHAGAS, P. C.

DEMÉTRIO, D. de S.

MOTA FILHO, A. B.

Portuguese

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1FERTILIZAÇÃO FOLIAR COM UREIA NA QUALIDADE DE MUDAS DE PINHADÉBORA DE SOUZA DEMÉTRIO1; POLLYANA CARDOSO CHAGAS2; ADAMOR BARBOSA MOTA FILHO1; MAXWELL SOUZA ALMEIDA1; EDVAN ALVES CHAGAS3INTRODUÇÃONa região  Norte  a  Pinha  (Annona squamosa L.),  é  uma frutífera  de recente  exploração comercial e tem despertado grande interesse de produtores, o qual tem convertido esta frutífera em alvo  de  estudos para  desenvolver  tecnologias  de  produção de  mudas  e  garantir  a  formação de pomares de qualidade, principalmente sob as condições da região (CHAGAS et al., 2013). A expansão do consumo de pinha está relacionada às propriedades medicinais e nutricionais, bem como sua agradável flavor. Tais propriedades devem-se a presença de vitaminas A, B, C, E, e K1, antioxidantes, ácidos graxos poliinsaturados e presença de minerais essenciais prevenindo e combatendo doenças cardíacas, diabete, hipertireoidismo e câncer (SENTHIL et al., 2014). Diversos fatores podem ser apontados como responsáveis pela baixa produtividade nas áreas tropicais, destacando-se a limitada capacidade dos solos em atender às exigências nutricionais das plantas,  além do  manejo  inadequado  da  adubação  das  culturas.  Além de  interferir  no  aspecto produtivo e qualitativo, a nutrição mineral afeta o crescimento vegetal (ROZANE et al., 2014).Em geral, a quantidade de nutrientes presentes nos substratos comerciais utilizados (forma disponível)  é  insuficiente  para  o  primeiro  estágio  de  crescimento  das  mudas,  sendo necessária adubação complementar para a planta completar seu ciclo de desenvolvimento no viveiro, Franco et al. (2007).  Na fertilização nitrogenada as fontes rapidamente disponíveis são sais inorgânicos de amônio, nitrato e uréia, sendo as mais utilizadas a uréia e o sulfato de amônio (BARBOSA FILHO et al., 2004). Contudo, a utilização dessas fontes requer aperfeiçoamento nas técnicas de manejo da aplicação, de modo que os produtores possam obter o máximo de benefício econômico ao utilizar esses fertilizantes, (ALVES e al., 2010).Em vista do potencial sócio econômico e nutricional desta fruta, existem boas perspectivas para o desenvolvimento de pomares de Pinha e comercialização de frutos no estado de Roraima. Diante do exposto, objetivou-se avaliar uréia como fertilizante foliar na qualidade de mudas de Pinha.1 Graduando do Curso de Agronomia, Universidade Federal de Roraima, Email: deborawdemetrio@hotmail.com, adamorbm@hotmail.com, maxalmeidarr2@hotmail.com2 D.Sc., Profa. da Universidade Federal de Roraima, Email: pollyana.chagas@ufrr.br3 D.Sc., Pesquisador da Embrapa Roraima, Email: edvan.chagas@embrapa.br123456789101112131415161718192021222324252627282930123452MATERIAL E MÉTODOSO experimento foi conduzido no setor de Fruticultura da Embrapa Roraima em parceria com a Universidade Federal de Roraima – UFRR. Para instalação foram adquiridas sementes de frutos sadios coletados em pomar comercial, no município de Bomfim-RR.  Para semeadura foi utilizado sacos plásticos pretos com capacidade para 3L preenchidos com solo e areia na proporção de 2:1, após  semeadura,  os  saquinhos  foram colocados  em viveiro  sombreados  com telas  de  50% de luminosidade, sobre bancadas e com irrigações por microaspersão automatizado. Utilizou-se  o  delineamento  experimental  inteiramente  casualizado  (DIC)  em  parcela subdividida no tempo. Os tratamentos foram caracterizados pelas diferentes doses de Uréia  (0; 0,5; 1,0; 2,0 e 4 g L-1 )  e dois intervalos de aplicação do fertilizante via foliar aos 14 e 28 dias, com doze plantas por tratamento e três repetições. A cada trinta dias durante quatro meses foram realizadas avaliações de altura, diâmetro do coleto, massa seca da parte aérea e das raízes para obtenção da massa total seca da planta.  As médias dos tratamentos coletadas ao longo do tempo foram avaliadas através  da  análise  de  regressão.  As  análises  foram  realizadas  com  auxílio  do  programa computacional SISVAR®5.1 (FERREIRA, 2011).RESULTADOS E DISCUSSÃOPara a característica de altura das mudas, houve interação significativa para os períodos de aplicação aos 14 e 28 dias e doses de uréia Figura 1. As plantas que receberam as doses em maior  intervalo  28  dias  obtiveram maior  altura  da  parte  aérea  independente  da  dose.  Observa-se  um desenvolvimento linear durante o período avaliado. Apesar de não haver diferença entre as doses utilizadas,  se  observa  maior  altura  para  o  tratamento  T4 aos  28  dias  (90,10 cm)  quando estas receberam a dose 2,0 g/L-1.Figura 1 – Efeito na altura de mudas de pinha sob diferentes proporções de uréia via foliar intervalo de aplicação.14 diasT2y = 0,3489x + 20,665 R2 = 0,55*T4y = 0,49x + 18,995 R2 = 1*T3y = 0,4466x + 21,335 R2 = 0,77*T5y = 0,3765x + 27,16 R2 = 1*T1y = 16,442Ln(x) - 18,49 R2 = 0,58*2040608030 60 90 120Época de avaliação (dias)Altura de plantas (cm)T1= 0 g/L-1 T2= 0,5g/L-1 T3= 1,0 g/L-1 T4= 2,0 g/L-1 T5= 4,0 g/L-128 diasT4y = 0,6467x + 6,165 R2 = 0,92*T2y = 0,6133x + 12,665 R2 = 0,83*T3y = 0,4792x + 20,195 R2 = 1*T5y = 0,52x + 15,33 R2 = 0,97*T1y = 0,2389x + 32,665 R2 = 0,69*2040608010030 60 90 120Época de avaliação (dias)Altura de plantas (cm)T1= 0 g/L-1 T2= 0,5g/L-1 T3= 1,0 g/L-1 T4= 2,0 g/L-1 T5= 4,0 g/L-1Figura 1 – Efeito na altura de mudas de pinha sob diferentes proporções de uréia via foliar intervalo de aplicação.3132333435363738394041424344454647484950515253543O excesso de sais  nos  substratos  pode interferir  negativamente  no desenvolvimento  das plantas (Cavalcante et al., 2010). De acordo com os resultados obtidos, a translocação do fertilizante das folhas para o substrato aplicado aos 14 dias pode ter causado menor altura das mudas, causando assim a  concentração  no  substrato  e  absorção  em excesso  pelas  raízes.  A altura  das  mudas  é influenciada diretamente pela quantidade de Nitrogênio, pois é o N constituinte maior das proteínas, sendo fundamental durante o crescimento das plantas. No entanto em excesso pode ser prejudicial. Em mamoneira,  Rodrigues et  al.  (2010),  verificaram que,  doses elevadas de N proporcionaram menor altura de plantas. Em relação à característica do diâmetro das mudas não houve diferença significativa quanto ao intervalo de aplicação do fertilizante, nem para as doses utilizadas, na Figura 2, verifica-se o comportamento do diâmetro ao longo do período avaliado, as doses uréia utilizadas via foliar tanto aos  14  como aos  28  dias  proporcionou  diâmetros  semelhantes,  no  entanto  aos  120 dias  o  T2 apresentou maior espessura de 13,16 mm, aos 120 dias todas as mudas apresentaram diâmetros acima de 1,0 cm, estando assim apitadas a possível transplantio e se necessário à enxertia.T1=y = 0,0517x + 4,495 R2 = 0,82**T5=y = 0,0753x + 3,205 R2 = 0,95*T4= y = 0,0638x + 3,5 R2 = 0,94*T2=y = 0,0822x + 2,75 R2 = 0,90*T3=y = 0,0656x + 3,745 R2 = 0,90*0246810121430 60 90 120Época de avaliação (dias)Diâmetro da planta (mm)T1= 0 g/L-1 T2= 0,5 g/L-1 T3= 1,0 g/L-1 T4= 2,0 g/L-1 T5= 4,0 g/L-1T2y = 0,2275x - 2,14 R2 = 0,87T5y = 0,2187x + 2 R2 = 0,97T4y = 0,1891x + 2,28 R2 = 0,93T3y = 0,2424x - 2,275 R2 = 0,90T1y = 0,2231x - 0,945 R2 = 0,890,05,010,015,020,025,030,030 60 90 120Massa total da planta(g)T1= 0 g/L-1 T2= 0,5 g/L-1 T3= 1,0 g/L-1 T4= 2,0 g/L-1 T5= 4,0 g/L-1Época de avaliação (dias)Para os resultados de massa seca total da planta não foi observada diferença entre o intervalo de  aplicação  do  fertilizante  ao  longo  das  avaliações,  no  entanto  observa-se  que  a  curva  de crescimento do tratamento T5 se destacou em relação aos demais tratamentos, Figura 2A. Vale ressaltar  que,  na  determinação  da  qualidade  das  mudas  prontas  para  o  plantio,  os  parâmetros utilizados baseiam-se ou nos aspectos fenotípicos, denominados de morfológicos, ou nos internos das mudas, denominados de fisiológicos (GOMES et al,  2002).  Tanto a qualidade morfológica quanto a  fisiológica das mudas depende da carga genética e  da procedência das sementes,  das condições ambientais e dos métodos e das técnicas de produção, sendo de grande importância a nutrição em viveiro para obtenção de mudas com padrões técnicos elevados.Figura 2 - Efeito no diâmetro A e B na massa seca total em mudas de pinha sob diferentes proporções de uréia via foliar intervalo de aplicação.565758596061626364656667686970717273747576777879808182834CONCLUSÃOHouve influência da fertilização foliar com uréia em mudas de Pinha, para altura das mudas quando  utilizada  a  dose  2,0  g/L-1 durante  o  intervalo  de  28  dias,  as  demais  características  os resultados ao longo das avaliações foram semelhantes.AGRADECIMENTOSA EMBRAPA/RR, CAPES, CNPq e UFRR.REFERÊNCIASALVES,  M.  D.  S;  COELHO,  E.  F.;  DA SILVA PAZ,  V.  P.;  DE  ANDRADE  NETO,  T.  M.  Crescimento e produtividade da bananeira cv. Grande Naine sob diferentes combinações de nitrato de cálcio e uréia. Ceres, v.57, n.1, 2015.BARBOSA FILHO,  M.P;  FAGERIA,  N.K.;  SILVA,  O.F.  Fontes  e  métodos  de  aplicação  de nitrogênio  em  feijoeiro  irrigado  submetido  a  três  níveis  de  acidez  no  solo.  Ciência  e Agrotecnologia, 28:785-792, 2004.CAVALCANTE,  L.F,  et  al.  Germinação  de  sementes  e  crescimento  inicial  de  maracujazeiros irrigados com água salina em diferentes volumes de substrato. Revista Brasileira de Fruticultura, 24:748-751., 2002.CHAGAS, P.C. et  al.  Physical and chemical methods to breach seed dormancy of sugar apple. Revista de Ciências Agrárias. 56: 101-106, 2013. FERREIRA, D.F. Sisvar:  a computer statistical  analysis  system.  Ciência e Agrotecnologia.  35: 1039-1042, 2011.FRANCO, F. C.; PRADO, R. M.; BRACHIROLLI, L. F.; ROZANE, D. E. Curva de crescimento e marcha de absorção de macronutrientes em mudas de goiabeira. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 31, n. 6, p. 1429-1437, 2007.GOMES, JM; COUTO, L; LEITE, HG; XAVIER, A; GARCIA, SLR Parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de Eucalyptus grandis. Revista Árvore. 26: 655-664, 2002.ROZANE,  D.  E.;  NATALE,  W.  Calagem,  adubação  e  nutrição  mineral  de  Anonáceas. Revista Brasileira de Fruticultura, p. 166-175, 2014.RODRIGUES, H. C. A.;  CARVALHO, S. P.;  SOUZA, H.A.; CARVALHO, A. A. Cultivares de mamoneira  e  adubação  nitrogenada  na  formação  de  mudas.  Acta   Scientiarum.  Agronomy Maringá, v.32, n.3, p. 471-476, 2010SENTHIL, R.; SILAMBARASAN, R. Annona: A new biodiesel for diesel engine: A comparative experimental investigation. Journal of the Energy Institute, p. 1–11, 2014.84858687888990919293949596979899100101102103104105106107108109110111112113114115116117118

Fertilização foliar com ureia na qualidade de mudas de pinha.

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