A agricultura de excedentes é um evento recente no Estado do Amapá. Devido às potenciais condições climáticas, boa disponibilidade hídrica e possibilidade de duas safras, essa fronteira iniciou seu desenvolvimento com plantios, em que a cultura da soja (Glycine max (L.) Merr) é a principal opção. A produtividade está associada à adaptabilidade de cultivares aos fatores bióticos e abióticos existentes no ambiente. Diante disso, esse trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento de cultivares de soja semeadas em sistema plantio direto, em três épocas de plantio, no cerrado amapaense. O experimento foi implantado em delineamento em blocos casualizados (DBC), no esquema fatorial em parcela subdividida no tempo. Os tratamentos foram: três cultivares de soja na parcela e três épocas de plantio na subparcela. As cultivares de soja utilizadas foram BRS Sambaíba RR, BRS Tracajá, e FT Paragominas. A semeadura foi efetuada de forma mecanizada com linhas espaçadas em 45 cm e densidade final de 10 plantas por metro linear. A calagem foi realizada em 2013, com calcário dolomítico, para elevação da saturação por bases para 60%. A adubação de plantio foi efetuada com aplicação de 460 kg de fertilizante com formulação 00-30-10 e 50 kg de F.T.E por hectare. Foi efetuada adubação de cobertura com 100 kg de KCl/ha, aos 30 dias após o plantio. As três épocas de plantio foram: 02 de abril, 16 de abril e 04 de maio de 2015, com as respectivas colheitas em 31 de julho, 14 de agosto e 02 de setembro de 2015. Semeaduras realizadas no início da primeira quinzena de abril propiciaram maiores produtividades de grãos da cultura de soja. Ocorreu perda de produtividade das cultivares semeadas no início da segunda quinzena de abril, sendo que a BRS Sambaíba RR apresentou a menor produtividade. Ocorreu maior redução de produtividade em todas as cultivares quando a semeadura foi efetuada no início de maio