A Distribuição de Cinema Indepenente pela Web pretende falar sobre a transição da
distribuição de cinema para a era digital, onde os realizadores/produtores utilizam a Internet
como ferramenta de marketing e divulgação dos seus projetos. As plataformas digitais que
vieram a elimar os intermediários – os distribuidores e exibidores, e tornaram possível que os
proprietários do conteúdo o distribuíssem de acordo com os seus interesses.
O que despoletou o meu interesse por este tema foi observar-me na posição de
consumidor que utiliza a Internet para ver conteúdo. Logo, como produtora de uma curtametragem
que iria fazer uso da Internet para promoção, surgiu-me esta temática de formas e
processos de distribuição pela web. A problemática deste tipo de distribuição deve-se à
dificuldade que ainda existe em confiar nestes serviços enquanto realizador e utilizar estes
serviços enquanto consumidor. O consumidor do século XXI não está focado na legalidade e
menospreza as plataformas legais que existem para a distribuição deste conteúdo. Desta forma,
existe um grande atraso nesta transição e os estúdios de cinema continuam relutantes. A
pirataria é uma grande ameaça ao crescimento destas plataformas.
Para introduzir esta temática, recuo umas décadas no cinema, até ao nascimento do
cinema independente, que é o foco da distribuição que quero analisar. O cinema independente
andou sempre de mãos dadas com a evolução tecnológica, por isso, o meu foco é em como se
aproveitou da distribuição digital. As tecnologias estão em constante mudança, tornando-se
cada vez mais alcançáveis e baratas, o que facilita a produção de cinema independente e
dificulta a sua distribuição de um modo tradicional.
Esta tecnologia contemporânea está a mudar por completo a forma como as pessoas
vêm cinema. Há mais autonomia e independência, que não deixa o espetador nas mãos da
autoridade da televisão e dos exibidores