Adaptação à doença oncológica e qualidade de vida

Abstract

O diagnóstico de doença oncológica desencadeia um impacto na adaptação à doença oncológica e na qualidade de vida do doente oncológico. O presente estudo visa explorar a associação entre a adaptação à doença oncológica e a qualidade de vida dos doentes oncológicos e fatores subjacentes para a sua compreensão, tais como sociodemográficos e clínicos. A amostra do estudo é constituída por 34 participantes, com diagnóstico de doença oncológica das Unidades da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Os instrumentos utilizados foram o questionário sociodemográfico, a escala de adaptação à doença oncológica (Mini-Mac) e a escala de avaliação da qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOLBref). Com base nos resultados obtidos conclui-se que, quanto maior a adaptação à doença oncológica maior é a qualidade de vida do doente oncológico. Por outro lado os doentes oncológicos estão adaptados à doença oncológica e têm qualidade de vida, independentemente, da faixa etária, do género, da fase em que encontram e do tipo de diagnóstico. Quanto ao tipo de tratamento, indivíduos submetidos à cirurgia evidenciam dificuldades na adaptação à doença oncológica, enquanto que, os indivíduos submetidos à hormonoterapia evidenciam uma melhor qualidade de vida, comparando com os que não foram submetidos a esta modalidade de tratamento.The diagnosis of an oncologic disease implies an adaptation process which can affect the patient’s quality of life. This study aims to explore the association between the adjustment to cancer and the quality of life of oncologic patients, and the role of underlying factors such as sociodemographic and clinical variables. The study sample consists of 34 participants diagnosed with cancer who attend units of the Portuguese League Against Cancer. The instruments used were a sociodemographic questionnaire, Mental Adjustment to Cancer Scale (Mini-Mac), and the World Health Organization Scale for Quality of Life – Bref (WHOQOL-bref). The results achieved allow us to conclude that the oncologic patient's quality of life is proportional to his/her degree of adaptation to the illness. This adaptation is not related to the patient's age group, the illness' progression stage and the type of diagnosis attributed. As it relates to types of treatment, individuals who submit to surgical interventions face greater difficulties while adapting to the illness, while individuals who experience hormone therapy show greater quality of life, when compared to those who didn't submit to this therapeutic process

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