O espírito da Europa

Abstract

Falar do espírito da Europa neste momento de evidências e de euforia, entre nós, pode parecer, à primeira vista e de certa maneira, uma repetição, mais ou menos, expressiva, do que muita gente, a esse respeito, poderá esperar que se diga. E nos discursos de circunstância — e tantos são eles, nestas ocasiões — é quase constante a atitude hossânica, quanto ao que chamamos, com tanto entusiasmo como de auto-flagelação, «entrar na Europa». E acrescentamos, em modos de pobreza agradecida, que isso é uma grande coisa para Portugal e que devemos estar gratos à C.E.E. e ao Parlamento Europeu, de sermos recebidos como membros de pleno direito. A tónica é, pois, o devermos ser nós a estarmos gratos à «Europa» pelo acolhimento que, digamos assim, acabou por nos «conceder».Quer-me parecer, porém, que a atitude mais correcta deve ser outra

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