Loss Aversion in Consumer’s Behaviour and Short-Term Housing Price Dynamics

Abstract

Este artigo incorpora o fenómeno de aversão às perdas, observado no comportamento dos consumidores, no estudo da dinâmica de curto prazo dos preços das habitações. Os resultados obtidos vêm ao encontro da literatura existente sobre a eficiência do mercado habitacional, que sugere que os “booms” verificados nos preços das habitações resultam de expectativas míopes em relação à evolução desses preços, mais do que de alterações significativas nos fundamentais do mercado. O contributo principal deste artigo é o de propor uma explicação para o que, na ausência de choques importantes nos fundamentais, desencadeia este comportamento míope e consequente evolução irracional dos preços. A nossa conclusão essencial é que a psicologia dos investidores assume um papel fundamental mesmo na fase inicial dos ciclos habitacionais. Especificamente, a aversão às perdas no comportamento dos consumidores significa que uma simples inversão no ciclo de rendimento pode ser suficiente para iniciar ou terminar um período de rápida expansão dos preços das habitações. Evidência empírica obtida no mercado habitacional de Lisboa é consistente com esta hipótese e sugere a importância de testes quantitativos deste efeito a um nível não agregado.This paper incorporates loss aversion in consumer’s behaviour into the study of short-term housing price dynamics. Our findings are in line with previous literature that suggests that housing price booms are driven primarily by myopic price expectations, rather than by huge changes in fundamentals. Our main contribution is to provide an explanation for what triggers those irrational dynamics even in the absence of relevant changes in the fundamentals. We argue that even in the initial stages of each price cycle the role of the investor’s psychology is determinant. Loss aversion in consumer’s behaviour suggests that a simple reverse in the income cycle might be enough to start or burst a housing price boom. Empirical evidence from the housing market in Lisbon is robustly consistent with this hypothesis and suggests the importance of testing these effects further at a non-aggregate level

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