A enfermagem enquanto ciência tem desde sempre procurado contextualizar os seus cuidados de forma a que possam adaptar-se a qualquer pessoa e circunstância. Todas as nossas acções são planeadas e implementadas com o objectivo de proporcionar conforto nas várias dimensões da pessoa, no contexto e meio onde está inserida. A Teoria do Conforto de K. Kolcaba apresenta uma visão holística orientada para a prática dos cuidados, que se adapta a várias realidades. O cancro da mama é o segundo cancro mais diagnosticado em Portugal, com impacto na qualidade de vida pessoal, familiar e sócio-laboral da mulher, de grande complexidade. A enfermagem deve aprofundar conhecimentos nesta área de forma a prestar cuidados de enfermagem mais eficientes. Assim realizamos um estudo com o objectivo de avaliar o nível de conforto das mulheres com cancro da mama em tratamento com quimioterapia e relacionar o mesmo com os factores sócio-demográficos, recorrendo a uma abordagem quantitativa descritivo-correlacional. Aplicámos um questionário de caracterização sócio-demográfica e a escala de conforto da mulher com cancro da mama a realizar quimioterapia (EACDQ) construída por J. Apóstolo e Gameiro, numa Unidade de Oncologia, a nossa amostra (N=46) é probabilística acidental ou de conveniência. No estudo verificámos que o conforto global médio foi de 3,35 (DP=0,60) e que os factores sócio-demográficos determinantes para o nível de conforto das mulheres com cancro de mama a fazer quimioterapia foram a idade (rs=0,329; p=0,026), o número de filhos (rs= -0,389; p=0,008) que com estas mulheres coabita e o seu nível de escolaridade (rs= -0,382; p=0,009). Por outro lado, podemos perceber que o facto das mulheres em estudo serem ou não activas, não influencia o nível de conforto global [z(14,32) =0,645; p=0,159], assim como não é determinante para o nível de conforto ser mastectomizada (p=0,263) ou estar há mais ou menos tempo em tratamentos de quimioterapia (p=0,702). Pensamos que este estudo pode contribuir com sugestões para a prática, para a formação e para a investigação.As a science Nursing has always aimed at contextualizing the care it provides so that it can adapt to anyone under any circumstances. Moreover, all our caring procedures are planned and carried out aiming at the person’s comfort. K. Kolcaba’s theory of comfort presents a holistic approach to nursing care that can adapt to several situations. Breast cancer is the second most diagnosed cancer in Portugal and it has a huge impact on women’s personal, familiar and socio-professional life. Nursing has to improve knowledge in this area so that it can provide a better and more effective care. Thus, we have conducted a survey with the aim of evaluating the level of comfort among women with breast cancer, who are being submitted to chemotherapy. We also aimed at relating that level of comfort to the socio-demographic factors, making use of a correlated-descriptive and quantitive approach. We have implemented a questionnaire focusing on the socio-demographic characterization and on the comfort scale of women with breast cancer under chemotherapy (EACDQ) built by J. Apóstolo e Gameiro. It was conducted in an Oncology Centre among women with breast cancer who composed our non-probabilistic accidental sample. According to the data provided, we concluded that the medium global comfort averages 3,35 (DP = 0,60) and the socio-demographic factors that were decisive to determine the level of comfort were the age (rs=0.329, p=0.026), the number of children (rs=-0.389; p=0.008) still living with them and the women’s qualifications. On the other hand, we can see that having an active life or not (z (14.32) = 0.645; p= 0.159), having been submitted to a mastectomy (p= 0.263) or being under chemotherapy for long (p=0,702) are not determinant features to measure the level of comfort. We believe that this survey can contribute with suggestions to the practice, training and research