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Avaliação dos compostos fenólicos e atividade antioxidante em mirtilos de diferentes proveniências geográficas

Abstract

O consumo de bagas tornou-se popular entre os consumidores preocupados com a saúde devido aos seus altos níveis de compostos fenólicos com propriedades antioxidantes [1]. Os mirtilos têm atraído atenção especial devido à sua alta capacidade antioxidante e elevada concentração de antocianinas e outros compostos fenólicos, tornando-a numa das frutas mais desejáveis e nutritivas [2]. Para além das antocianinas, os mirtilos também constituem uma boa fonte de ácido clorogénico, quercetina, kaempferol, miricetina, procianidinas, catequina, epicatequina, resveratrol e vitamina C, que contribuem para a sua atividade antioxidante [3]. Foram avaliados mirtilos da cultivar Bluecrop colhidos em diferentes regiões de Portugal (Estarreja, Vouzela, Vila Verde, Sever do Vouga e Oliveira do Hospital) com o objectivo de avaliar a influência da região de produção na composição fenólica e na capacidade antioxidante. De cada lote foram usadas 5 g de amostra trituradas, as quais foram subsequentemente submetidas a extrações sucessivas, primeiro 2 vezes com metanol e depois 2 vezes com uma solução aquosa de acetona (40% v/v), durante 1 h, com o auxílio de um banho de ultrassons. Os extratos obtidos foram utilizados para a determinação do teor em compostos fenólicos totais, em antocianinas e taninos. Foi ainda determinada a capacidade antioxidante utilizando os métodos ABTS e DPPH. No que respeita ao teor em compostos fenólicos totais a amostra proveniente de Vouzela revelou-se a mais rica (5,9 mg EAG/g) seguida da amostra de Estarreja (5,2 mg EAG/g), sendo que amostra menos rica de entre as estudadas foi a de oliveira do hospital (3,1 mg EAG/g). No que respeita ao conteúdo em antocianinas, amostra mais rica é a de Sever do Vouga (0,96 mg EMv/g) e a menos rica der todas a de oliveira do Hospital com 0,54 mg EMv/g. O teor em taninos variou de 1,82 a 3,53 mg/g, sendo a amostra com maior conteúdo em taninos a proveniente de Estarreja e aquela com menor conteúdo a de Oliveira do Hospital. A atividade antioxidante avaliada pelo método DPPH revelou que a amostra de Vouzela apresentou a maior capacidade antioxidante de entre as amostras estudadas (3,03 mg ET/g), e a de Oliveira do Hospital a menor (1,03 mg ET/g). Já no que respeita aos resultados obtidos com o método ABTS, verificaram-se diferenças sendo que a amostra com maior atividade antioxidante a de Estarreja (2,53 mg ET/g) e a que apresenta menor atividade antioxidante a de Vila Verde (1,67 mg ET/g). Em conclusão, verificou-se que de uma forma geral os mirtilos provenientes de Vouzela e Estarreja são os que se revelaram mais ricos em compostos fenólicos e que também apresentam maior atividade antioxidante, enquanto os de Oliveira do Hospital são os menos ricos em fenóis e também com menor atividade antioxidante

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