Resumo
Enquadramento: O conhecimento dos
determinantes de saúde que afetam a saúde oral e a qualidade
de vida das crianças são da maior importância para alavancar a definição de políticas de redução do risco de doença e de
promoção da saúde (DGS, 2008b).
Objetivo: Avaliar a perceção dos pais sobre a
Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde Oral das crianças
em idade pré-escolar.
Metodologia: Estudo descritivo-correlacional e
transversal. Foi utilizado o Questionário Qualidade de Vida
Relacionado com a Saúde Oral das Crianças/Adolescentes
(Q2VRSOC/A), construído por Pahel, Rozier e Slade, (2007) e
traduzido e validado por Bica-Costa (2013), numa amostra de
412 pais/educadores de crianças (50,5% meninos e 49,5%
meninas), com idades compreendidas entre os 3 e 6 anos
( ݔ̅=4,33; DP=0,934), a frequentar jardins de infância do
distrito de Viseu.
Resultados: Apurou-se que 47,5% das
crianças/adolescentes apresenta bons hábitos de higiene oral;
31,9% fracos e 20,6% razoáveis. A Qualidade de Vida
Relacionada com a Saúde Oral é influenciada pela idade da
criança (p=.000); pela sua preferência alimentar (p=.014); pelo
estado de saúde geral (p=.034) e oral (p=.000); pela
abordagem da saúde e higiene oral realizada pelo enfermeiro
(p=.026); pela observação da boca e dentes das crianças pelos
pais (p=.006); pela consulta no dentista (p=.000) e pela
presença de cáries dentárias (p=.000).
Conclusão: Pelos resultados obtidos infere-se que
quanto maior o impacto dos problemas orais, pior é a
qualidade de vida relacionada com a saúde oral das crianças e,
sendo assim, é de primordial importância desenvolver ações
de educação para a saúde oral.Abstract
Background: The knowledge of the determinants of
health that affect oral health and quality of life of children are
of paramount importance to leverage the definition of policies
to reduce risk and promote health (DGS, 2008b).
Objective: To evaluate the perception of parents on
the Quality of Life Related to Oral Health of children in
preschool age.
Methodology: Study descriptive-correlational and
cross. A questionnaire was used Quality of Life Related to Oral Health for Children / Teens (Q2VRSOC/A) in a sample
of 412 parents/carers of children (50.5% boys and 49.5%
girls), aged between 3 and 6 years (ݔ̅= 4.33; DP=0,934), who
attended the kindergartens from the district of Viseu.
Results: The majority of oral hygiene habits are
good (47.5%), 31.9% are poor and 20.6% reasonable. The
overall score Q2VRSOC/A is influenced by age (p = .000),
food preference (p = .014), general and oral health (p = .034 p
= .000, respectively); approach to health and oral hygiene
performed by nurses (p = .026); observation of the mouth and
teeth of children (p = .006); consultation at the dentist
(p = .000); and for the presence of dental caries (p = .000).
Conclusion: With regard to parental perception, the
greater the impact of oral problems, the worse the quality of
life related to oral health of children and therefore it is of
paramount importance to develop education activities for oral
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