O presente estudo propõe-se analisar o “Contributo
do enfermeiro na formação pré-graduada”, uma vez que
aprender em contexto de Ensino Clínico é cada vez mais uma
necessidade imperiosa do estudante de Enfermagem.
O estudo de natureza transversal e cariz descritivo
correlacional foi desenvolvido numa amostra não
probabilística, constituída por 305 enfermeiros, 72.1% do
género feminino e 27.9% do género masculino, com idades
compreendidas entre os 23 e os 58 anos, que exercem funções
em diversos hospitais portugueses.
Constatámos existir efeito significativo da idade no
contributo do Enfermeiro na formação pré-graduada, sendo
que os enfermeiros com mais idade (≥34 anos) apresentam
um maior contributo. Quem possuí formação específica em
supervisão é quem mais contribui para a formação
pré-graduada e os que detêm mais tempo de exercício
profissional (≥14 anos) apresentam melhores competências na
supervisão. Verificámos ainda existir relação entre os anos
escolares supervisionados (2º ano e 4º ano), o título
profissional e o contributo do enfermeiro na formação
pré-graduada.
Na perspetiva dos enfermeiros, o estabelecimento
de prioridades na prestação de cuidados é a maior dificuldade
sentida pelo pré-graduado. Por sua vez, a promoção do
processo ensino – aprendizagem, tendo por base os objetivos do ensino clínico, é apontada como a maior dificuldade
sentida pelos enfermeiros. Quanto à atitude mais benéfica na
formação do pré-graduado, constatou-se que consiste em
orientá-lo na realização das intervenções de enfermagem,
sendo as competências teóricas as que os enfermeiros mais
valorizam nos aluno