Efetividade da vacina antigripal em Portugal: época 2014/2015

Abstract

This report was prepared as part of the Project “Monitoring Influenza vaccine effectiveness during influenza seasons and pandemics in the European Union”, financed by the European Centre for Disease Prevention and Control, and describes the results obtained in Portugal under the Protocol Agreement celebrated between EpiConcept SARL, Paris and National Health Institute Doutor Ricardo Jorge, Lisbon, signed on December 2014.Relatório elaborado em julho de 2015.[eng] Background: The EuroEVA project is the Portuguese component of the multicentre I-MOVE study. The results to be presented are related to the 7th EuroEVA season and aimed the estimation of 2014-15 end of season influenza vaccine effectiveness in i) all age groups; ii) by risk group; iii) by influenza subtype and thus contribute to monitor VE estimates every year. Material and methods: The “Protocol for case-control studies to measure seasonal influenza vaccine effectiveness in the European Union and European Economic Area Member States- Portuguese site study version” was implemented entirely with no changes to be added. VE was estimated as one minus the odds ratio of being vaccinated in cases versus controls adjusted for confounders by logistic regression. Potential confounders were investigated and included if they changed crude OR estimate in at least 10% after adjustment by the Mantel-Haenszel method. Results: In Portugal, influenza epidemic occurred between week 1/2015 and week 8/2015 and had a medium- high intensity. Both B and A(H3) virus were circulating, but with dominance of the first one. A(H1)pdm09 was only detected sporadically. From the 50 GP’s that accepted to participate in the study, 31 GP’s effectively participated in the study by selecting patients (which corresponds to a 62% participation rate). A total of 268 ILI patients were enrolled, each GP recruited in average 8.6 patients. After excluding 19 ILI patients the final sample for analyses consisted on 249 ILI patients (147 cases and 102 controls). From the cases, 68% were positive for type B virus, Yamagata lineage, 31% were positive for influenza A (H3) and 1% for A(H1)pdm09. Antigenic and genetic analysis indicated that influenza A(H3) viruses were genetically and antigenically different from the 2014/2015 vaccine strain, most of them belonging to the new virus cluster 3C.2a. Detected influenza B viruses belong to the same lineage (Yamagata) of the strain represented in the 2014/2015 influenza vaccine. Comparing cases and controls, we verified that they were statistically different in relation to: - Age: controls were older than cases (median age in controls was 51 yrs vs. 44 yrs in cases); - Any chronic disease: the prevalence of at least one chronic condition relevant for influenza vaccination was higher in controls (44.1% vs 28.1%); - Seasonal vaccine in 2013-14: controls were more often vaccinated against influenza in the last season than cases (28.4% vs. 12.3%); - Help bathing: controls needed more help for bathing than cases (0% in cases vs 4.1% in controls). Overall results indicated that vaccine coverage (VC) in controls was statistically higher (p<0.001) than in cases (VC controls=30.7% and VC cases=11.0%). Similar results were obtained for the target group for vaccination by the National Health Authorities (VC cases=26.8% and VC controls=54.9%, p=0.003). Restricting the analysis to type B virus (Yamagata lineage), VC was statistically (p=0.001) higher in controls than in cases (30.7% vs 8.1% in all ILI cases and 53.9% vs 20.0% in the target group). After adjustment for age, chronic disease and month of illness onset, VE adjusted estimates in all population was 63.4% (95% CI: 16.2%; 84.0%). In the target group for vaccination, after adjustment, VE estimates was 65.0% (95% CI: 8.1%; 86.7%). Restricting to B Yamagata cases, similar VE estimates were obtained for all population and target group: VE all population = 78.5% (95% CI: 39.5; 92.4); VE target group = 79.6% (95CI: 34.7; 93.6). Although all crude and adjusted VE estimates were statistically significant, low precision was observed. Conclusions: The 2014-2015 season adjusted VE estimates against B/Yamagata was approximately 79% (statistically significant but low precision). No VE estimates against A(H3) were obtained due to small sample size. All influenza B belonged to genetic group 3, different from genetic group 2, represented by B/Massachusets/02/2012 vaccine strain but antigenically these strains are related. This fact is in line with a moderate/high VE for influenza B in 2014-15 season.[pt] O projeto EuroEVA (Efetividade da vacina antigripal na Europa) é a componente portuguesa do estudo europeu multicêntrico I-MOVE. Os resultados apresentados correspondem à implementação do estudo EuroEVA na época 2014-2015 e pretende obter estimativas da efetividade da vacina (EV) sazonal 2014-2015 i) na população geral; ii) no grupo alvo para o qual a vacina é recomendada; iii) por tipo/sub tipo de vírus e desta forma contribuir para a monitorização da EV antigripal todas as épocas. Material e Métodos: O “Protocol for case-control studies to measure seasonal influenza vaccine effectiveness in the European Union and European Economic Area Member States- Portuguese site study version” foi implemetado na integra sem alterações a reportar. A efetividade da vacina (EV) foi estimada através de EV=1-OR sendo OR o odd ratio de estar vacinado nos casos vs controlos ajustado fatores de confundimento foram analisados e incluídos se alteraram o odds-ratio bruto em pelo menos 10% após ajustamento pelo método de Mantel Haenszel. Resultados: Em Portugal o período epidémico ocorreu entre as semanas 1/2015 e 8/2015 tendo-se verificado uma atividade gripal média-alta. Verificou-se a co circulação de vírus do tipo B e do sub-tipo A(H3), tendo o primeiro dominado durante a época. Verificou- se ainda a circulação esporádica de vírus do tipo A(H1)pdm09. De entre os 50 médicos de família (MF) que aceitaram participar no estudo, 31 reportaram doentes com síndroma gripal (SG), correspondendo a uma taxa de participação de 62%. No total foram selecionados 268 doentes com SG, em média cada médico recrutou 8,6 doentes. Após exclusão de 19, por não respeitarem a definição de caso de SG, a amostra final para análise consistia em 249 doentes com SG (147 casos positivos e 102 controlos negativos). De entre os casos, 68% eram do tipo B vírus, linhagem Yamagata, 31% eram positivos para o vírus do subtipo A (H3) e 1% para o tipo A(H1)pdm09. A análise genética e antigénica dos vírus influenza A(H3) revelou que na sua maioria pertencem ao novo grupo genético 3C.2a, que se distinguem da estirpe A(H3) contemplada na vacina da época 2014/2015. Os vírus influenza B detetados pertencem à linhagem Yamagata, à semelhança do vírus do tipo B contemplado na vacina da época 2014/2015. Comparando casos e controlos verifica-se que os grupos eram estatisticamente diferentes nas seguintes variáveis: - Idade: os controlos eram mais velhos que os casos (idade mediana nos controlos o era 51 anos vs 44 anos nos casos); - Doença crónica: a prevalência de pelo menos 1 doença crónica com relevância para a infeção por gripe era mais elevada do que controlos (44,1% vs 28,1%); - Toma da vacina na época anterior: os controlos tinham uma história passada de toma da vacina (época 2013/14) mais frequente (28,4% vs. 12,3%); - Incapacidade (Ajuda na toma de banho): os controlos manifestaram em maior percentagem necessidade de ajuda para tomar banho (0% nos casos vs 4,1% nos controlos) De uma forma geral, a cobertura da vacina (CV) sazonal antigripal 2014/15 foi mais elevada (e com significado estatístico, p<0.001) nos controlos (30,7%) do que nos casos (CV=11,0%). Restringindo a análise para o grupo alvo para a toma da vacina de acordo com as Autoridades de Saúde Nacionais, verificaram-se resultados semelhantes (CV casos=26,8% and CV controlos=54,9%, p=0,003). Relativamente à análise por tipo de vírus dominante (vírus do tipo B/ Yamagata), a CV era estatisticamente superior (p=0,001) nos controlos do que nos casos (30,7% vs 8,1% na população geral e 53,9% vs 20,0% no grupo alvo da vacina). Após ajustamento para idade, presença de doença crónica e mês de início de sintomas, a EV ajustada para a população em geral foi de 63,4% (IC95%: 16,2%-84,0%). No grupo alvo da vacina a estimativa ajustada situa a EV em 65,0% (IC95%: 8,1%-86,7%). Restringindo a análise aos casos B/ Yamagata, obtiveram-se valores similares na população em geral e no grupo alvo da vacina: EV população geral = 78,5% (IC95%: 39,5%-92,4%); EV grupo alvo = 79.6% (IC95%: 34,7%-93,6%). Embora ambas as estimativas tenham significado estatístico, a precisão é baixa.European Center for disease Prevention and Contro

    Similar works