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A Aquisição de uma L2 (Algumas Variáveis Cognitivas e Afectivas).

Abstract

A investigação mais recente sobre o estudo de uma segunda língua confirma a hipótese de que os processos de aquisição (formulação inconsciente de princípios gramaticais) e de aprendizagem (o estudo consciente, de base cognitiva, da gramática) representam dois sistemas de interiorização do conhecimento da língua. Por outro lado, e de acordo com um corpo de pesquisa cada vez mais volumoso, o grau elevado de insucesso no desenvolvimento da capacidade comunicativa na L2 deve-se fundamentalmente ao facto de as metodologias tradicionais terem considerado o estudo da língua como actividade intelectual, secundarizando (ou não considerando mesmo), entre outras, as variáveis afectivas. Estamos perante uma viragem com implicações metodológicas profundas: a focalização desloca-se da formalização para os sentidos das comunicações genuínas, para as mensagens; a compreensão precede a produção; durante as actividades de aquisição os professores não fornecem feedback directo para os erros, de modo a não inibir a participação dos alunos em interacções comunicativas; nas primeiras fases de aquisição o vocabulário é mais importante para a compreensão do que as estruturas de superfície da sintaxe; as regras de gramática têm um lugar importante apenas na fase de edição. Para além de muitas outras. Tentaremos neste trabalho começar por analisar quatro das hipóteses mais actuais sobre a aquisição de uma L2 formuladas por S. Krashen e por J. W. Oller, e reflectir sobre as principais implicações metodológicas que elas contêm. Confirmadas em grande parte dos estudos de investigação levados já a cabo em contextos culturais bem diversificados, elas justificam uma viragem de orientação que os professores de língua inglesa em Portugal deverão considerar e implementar

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