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A Influência do Estado Nutricional na Depressão em Doentes em Cuidados Paliativos.

Abstract

Resumo O estudo analisa a influência do estado nutricional na depressão em doentes em cuidados paliativos. É filosofia dos cuidados paliativos proporcionar cuidados de suporte global, visando o controlo de sintomas e a melhoria da qualidade de vida dos doentes e dos seus familiares. A avaliação realizada na triagem nutricional permitiu identificar o risco do doente e os seus resultados tornam possível o enquadramento de um plano nutricional, que contribuirá para o seu bem-estar a nível físico, psíquico e social. Sendo o diagnóstico de depressão cada vez mais frequente, é impreterível a sua deteção precoce, tratamento e monitorização. Optou-se por um estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, recorrendo a uma amostra não probabilística, constituída por 50 doentes, dos quais 52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 41 e os 95 anos, 84% internados uma vez na UCP e 62% dos doentes medicados com antidepressivos. O diagnóstico mais frequente é a neoplasia com 86%. Nos últimos meses, 62% apresentou perda de apetite e 40% vómitos. Da aplicação da escala MUST (Malnutrition Universal Screening Scale), resultou um IMC de 22.61, com peso médio de 69.80Kg, verificando-se uma perda de peso médio de 13.83%, caracterizando um risco elevado de desnutrição (70%). Através do Inventário de Depressão de Beck constatou-se que, na amostra, 92% apresentavam depressão e que a sintomatologia depressiva era mais grave no sexo feminino do que no sexo masculino ( x =27.23 Vs x =24.63), não sendo, contudo, este valor estatisticamente significativo; Identificou-se ainda que 60% apresentam depressão grave. Constatou-se que, das variáveis sociodemográficas, a idade apresenta uma associação baixa e positiva (r=0.260; p=0.048), contudo não é estatisticamente significativa. Verificou-se, ainda, que o risco do estado nutricional não tem influência na depressão, observando-se uma associação muito baixa e positiva (r=0.035; p=0.817), não existindo diferenças estatisticamente significativas.Abstract This study analyses the influence of nutritional status on depression in patients in Palliative Care. The philosophy of Palliative Care is to provide global support, in order to control symptoms and improve the quality of life of patients and their families. The evaluation on nutritional screening identifies the risk of the patient and their results make possible the composition of a nutritional plan that will contribute to the physical, psychological and social welfare of the patient. As depression diagnosis becomes more frequent, early detection, treatment and monitoring are imperative. A quantitative, cross-sectional, descriptive and correlational study was chosen recurring to a non-probabilistic sample, comprising 50 patients, of whom 52% were female and 48% male, aged between 41 and 95 years, 84% had been hospitalized in a PCU and 62% were medicated with antidepressants. The most frequent diagnosis is neoplasm with 86%. In the last months 62% had loss of appetite and 40% vomits. Applying the MUST scale, a BMI (Body Mass Index) of 22.61 was obtained, with an average weight of 69.80 kg and an average weight loss of 13.83%, characterizing a high risk of malnutrition (70%). Through the Beck Depression Inventory we’ve found that in the sample 92% "exhibit depression" and that depressive symptoms are more severe in females than in males ( x =27.23 Vs x =24.63), although it is not statistically significant; we also identified that 60% had serious depression. It was further observed that from the socio-demographic variables, age presents a low and positive association (r=0.260; p=0.048), however not statistically significant. It appears that the risk of nutritional status does not influence depression, being noted a very low positive association (r=0.035; p=0.817), but without statistically significant differences

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