Núcleo de Pós-graduação em Administração, Escola de Administração, UFBA
Abstract
Este artigo descreve e analisa os profissionais de uma central de regulação médica de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) quanto a variáveis de qualidade de vida no trabalho. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de caráter quantitativo e qualitativo, baseada nos referenciais teóricos de Walton (1973) e Hackman e Oldham (1975). De um modo geral, os resultados apontam para um nível satisfatório de qualidade de vida no trabalho, com maior destaque aos aspectos “possibilidade de crescimento”, “potencial motivacional da tarefa” e “relevância social” em poder ajudar, tanto na forma direta quanto indireta, às pessoas que demandam atendimento. Apesar dos resultados favoráveis, a fala dos sujeitos sinaliza para a necessidade de melhorias quanto aos aspectos de infra-estrutura, adequação de escalas e jornadas de trabalho com a realidade do município e volume de atendimentos, bem como a interlocução do SAMU com os serviços hospitalares e pré-hospitalares fixos, além da conscientização da população. Percebeu-se que a retaguarda da supervisão na resolução destes problemas e uma busca constante pela melhoria da qualidade de vida no trabalho podem contribuir para a manutenção dos profissionais em seus postos de trabalho