Utopia com os pés no chão? A gestão de competências pela perspectiva social - experiências setoriais no Brasil

Abstract

A discussão sobre competências como alternativa para orientação no gerenciamento de pessoas revelou aspectos que amplificaram as contradições que uma ferramenta gerencial traz quando adotada com o propósito de criação de valor e alto desem penho organizacional. Até mesmo a legitimidade e permanência deste ferramental estão cada vez mais condicionadas à comprovação quase “matemática” de sua efetividade; o que impõe uma série de desafios, tanto na adoção de receituário pautado nas competências, quanto na própria lógica da gestão de recursos humanos. O “discurso” das competências, então, surge como prática gerencial de importância significativa e apresenta em sua aplicabilidade grande diversidade. É nessa perspectiva que se introduz a reflexão sobre a possibilidade de construção de modelos de competência com características setoriais ou por categorias profissionais, que tanto minimizem dispêndios e recursos destinados ao processo de preparação e adequação do indivíduo à sua atividade profissional, quanto o preparem para o mercado de trabalho. Tal abordagem abre a possibilidade de incorporar diferentes atores sociais, pois um dos pressupostos que deve ser considerado é a possibilidade de uma concertação, que apresente uma lógica negocial ou de interesses compartilhados

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