Comentários sobre a noção de verdade nas conferências sobre o pragmatismo de W. James

Abstract

Uma das primeiras tarefas da epistemologia – como uma tentativade resposta às alegações céticas de que nenhuma de nossas crenças,teorias, ou qualquer proposição de verdade, estaria mais objetivamentejustificada como provavelmente mais verdadeira do que sua negação– é demonstrar se nossas crenças podem ser justificadas, e, em casoafirmativo, de que maneira. Para Kirkhan (2003), ao se preocupar coma verdade das crenças, a epistemologia se depara com importantesquestões, entre as quais destaco: o que é a verdade? O que significapara algo ser verdadeiro? Quais critérios deveriam distinguir o que éverdadeiro do que é falso? Ao longo da história da filosofia e das ciências,diversas posturas filosóficas buscaram oferecer caminhos ou respostas aestas perguntas, defendendo a legitimidade ou não da busca pela verdadeenquanto empreendimento científico-filosófico, e, em caso positivo, quelugar a busca pela verdade teria dentro do projeto epistemológico ede que forma e a partir de que critérios deveríamos julgar a verdadeou falsidade de uma proposição, crença ou teoria. O pragmatismo, emsua auto-atribuída missão de oferecer critérios para dirimir embatesmetafísicos, oferece uma tentativa de responder a estas questões,apresentando um tipo particular e importantemente controverso depostura epistemológica e de critérios de assunção de verdade.A apresentação do pragmatismo, e aqui irei tratar especialmentedo projeto de William James, sofre severas críticas, especialmente,como se refere Abe (1991) a de que é pouco precisa e de que carecede rigor científico, relativizando por demais o conceito de verdade

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