Resumo:: As atividades antrópicas estão alterando a concentração de gases na atmosfera, o ozônio da troposfera é um dos afetados e consequentemente a incidência de raios ultravioleta B (UV-B) na superfície da Terra tem sido alterada. A sensibilidade à radiação UV-B é uma das limitações do uso de agentes de biocontrole a campo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da radiação UV-B em um isolado de Clonostachys rosea e quantificar a capacidade antagônica a Botrytis cinerea em discos de folhas de morango. Foram utilizadas quatro concentrações de conídios de C. rosea e quatro diferentes doses de radiação UV-B, sendo metade dos discos irradiados desafiados com conídios de B. cinerea. As concentrações de conídios de C. rosea acima de 105 conídios mL-1 apresentaram maior tolerância a radiação UV-B e apresentou nível de controle do patógeno superior a 75%, mesmo com a exposição à radiação. De acordo com os resultados, além de mostrar menor crescimento sob radiação UV-B, conídios de C. rosea apresentaram menor capacidade antagônica ao patógeno. Estudos adicionais são necessários para observar a tolerância de isolados de B. cinerea à radiação UV-B e assim, sugerir que um ambiente com radiação UV-B aumentada possa favorecer o patógeno