Controle social e desenvolvimento na perspectiva da Gestão Social e do Bem Viver: estudos de casos na Argentina, Brasil, Chile e Equador.

Abstract

O objetivo deste trabalho é analisar quatro realidades, em regiões da Argentina, Brasil, Chile e Equador, problematizando os processos de controle social e desenvolvimento, refletindo sobre as intervenções humanas que ocorreram - a partir dos interesses contraditórios e das relações de poder que os configuravam –e,utilizando os  paradigmas do Bem Viver e da Gestão Social como referências. Para isso, além das pesquisas bibliográfica e documental, que resultaram no exame dos marcos legais e tradições políticas/culturais pertinentes à participação popular, adotou-se a Hermenêutica Dialética como método de estudo de casos, definidos pelas pesquisas de campo. A análise aponta para a consistência de uma crise sistêmica – econômica, social e ambiental – enraizada no desenvolvimentismo, extrativismo, financismo, racismo e patriarcalismo, onde o capitalismo apresenta extraordinária capacidade de se perpetuar,desequilibrando a natureza e estimulando a distopia. Neste cenário, nos intervalos dos recentes Governos Progressistas, se nota a dificuldade desses setores em promover, se não o rompimento com as amarras estabelecidas internacionalmente, pelo menos um rearranjo institucional e econômico, consistente, que apontasse para a desconstrução das iniquidades. Em decorrência dessa situação, observou-se que outros paradigmas alternativos, presentes em diferenciadas regiões do mundo, acrescentam dimensões peculiares aos referenciados - Bem Viver e Gestão Social- ampliando-se a possibilidade de estruturação de instrumentais teóricos com a perspectiva de intervenções políticas e sociais emancipadoras

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