Uma Trajetória de Socialização Acadêmica com Alexandre Carrieri: Relato a Partir de uma Conversação Interna

Abstract

Este texto, concebido na forma de um relato pessoal, em primeira pessoa, relata a trajetória acadêmica pessoal do autor focalizando o período de sua formação inicial, bacharelado e mestrado, tomando como pano de fundo a sua socialização acadêmica, mais particularmente por meio de sua participação junto ao grupo de pesquisa NEOS – Núcleo de Estudos Organizacionais e Sociedade, sob a orientação recebida de Alexandre Carrieri, entre 2003 e 2008, na Universidade Federal de Minas Gerais. Apesar de ser concebido de forma mais “livre” (ou assistemática), a trajetória narrada se fundamenta sociologicamente no conceito de “conversação interna”, proposto por Margaret Archer (2000), dentro de uma perspectiva realista crítica. A despeito de não visar sua aplicação de forma rigorosamente sistemática,  o exercício proposto tem a intenção de funcionar, apenas heuristicamente, como um fio condutor que permite situar a agência humana (subjetivamente orientada) como produto de projetos pessoais elaborados e realizados em face dos contextos (objetivamente estruturados), com as restrições, constrangimentos e habilitações, que se impõem seletiva e diferencialmente segundo os diferentes cursos de ação possíveis. No caso em tela, visa-se analisar a agência (e as práticas) realizadas, a partir dos projetos pessoais perseguidos em determinadas situações concretas. Este recurso narrativo autobiográfico tem uma finalidade maior, foi apenas um meio encontrado para – como uma boa conversação interna – permitir autoavaliar a participação e presença de um personagem significativamente importante em minha trajetória: Alexandre Carrieri. Ainda que as histórias, os projetos pessoais e os contextos possam ser distintos, acredita-se que, de certo modo, esta narrativa evidencia de forma minimamente objetiva características distintivas do mestre e, ao mesmo tempo, um pouco do contexto institucional (NEOS e UFMG), na fase inicial do processo de institucionalização de um quadro formador de recursos humanos, fruto do seu próprio projeto pessoal. Portanto, este texto tem o fim, ainda que por meios modestos, de render um tributo a Alexandre Carrieri e ao que o seu próprio projeto pessoal do permitiu criar, impactando assim na agência de vários atores e gerações que cruzaram(ão) este contexto

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