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Parapharyngeal space tumors: a 10 year experience of IPO-LFG

Abstract

Introdução: As neoplasias do espaço parafaríngeo são raras, representando apenas 0,5% dos tumores da cabeça e pescoço. A maioria são benignas, mas uma ampla variedade de patologias benignas e malignas podem ser encontradas neste espaço, o que cria desafios complexos de diagnóstico e tratamento. Objetivo: Descrever e analisar uma série de casos de neoplasias primárias do espaço parafaríngeo tratadas no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG). Material e métodos: Estudo retrospetivo, com recolha e análise dos dados dos processos clínicos de tumores primários do espaço parafaríngeo, que foram diagnosticados ou referenciados ao IPOLFG entre 1 de Janeiro de 2003 e 31 de Dezembro de 2013. Resultados: Foram incluídos 38 doentes. A idade mediana foi de 52 anos (Âmbito Interquartil: 40-63 anos). Dez (26,3%) doentes eram assintomáticos. O sintoma mais comum à apresentação foi a sensação de corpo estranho orofaríngeo (23,7%) e o achado mais frequente foi um abaulamento orofaríngeo (78,4%). Todos os doentes fizeram exames de imagem pré-operatórios: 94,7% tomografia computorizada e 68,4% ressonância magnética. A citologia aspirativa foi realizada em 39,5%. 31 tumores eram benignos (81,6%), sendo os mais frequentes os adenomas pleomórficos (58,1%). 7 eram malignos (18,4%), com os carcinomas exadenomas pleomórficos (28,6%) e os linfomas (28,6%) sendo os mais comuns. 36 doentes (94,7%) foram submetidos a tratamento cirúrgico primário; os outros 2 doentes (5,3%) receberam tratamento não cirúrgico, com quimioterapia e quimioradioterapia, respectivamente. A abordagem cervical foi a mais utilizada (80%). A mandibulotomia foi necessária em apenas 5,7%. A complicação mais frequente foi a neuropatia de pares cranianos de novo, identificada em 22,2%. Destes, 75% foram sequela da resseção de tumores neurogénicos. Todas as neuropatias que resultaram da resseção de tumores não neurogénicos foram transitórias. O follow-up mediano foi de 6,5 anos. A taxa de recorrência foi de 13,5%. Conclusões: Os tumores do espaço parafaríngeo requerem um elevado índice de suspeição para serem diagnosticados num estadio precoce. A resseção cirúrgica completa é o principal tratamento. A abordagem cirúrgica deve ser selecionada caso a caso, mas a cervical fornece um excelente acesso à maioria dos tumores deste espaçoIntroduction: Parapharyngeal space neoplasms are rare, accounting for only 0.5% of head and neck tumors. The majority of PPS tumors are benign, but a wide spectrum of pathologies, both benign and malignant, has been encountered in this region. This range of histopathologies in combination with the complex anatomy of the parapharyngeal space creates complex diagnostic and management challenges. Objective: To describe and analyze a case series of primary parapharyngeal space neoplasms at Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG). Methods: Retrospective review of medical records of patients with parapharyngeal space neoplasms, diagnosed or referred to IPOLFG between 1st of January of 2003 and 31st of December of 2013. Results: 38 patients were included. The median age was 52 years (Interquartile range 40-63). 10 patients (26.3%) were asymptomatic. The most common symptom was an oropharyngeal lump sensation (23.7%). All patients had preoperative imaging: 94.7% computed tomography and 68.4% magnetic resonance image. 39.5% underwent fineneedle aspiration biopsy. 31 tumors were benign (81.6%), with pleomorphic adenomas comprising the majority (58.1%). 7 were malignant (18.4%), with carcinoma ex pleomorphic adenoma (28.6%) and lymphoma (28.6%) being the most common. 36 patients (94.7%) underwent primary surgical management; the other 2 patients (5,3%) were treated with chemotherapy and chemoradiotherapy, respectively. The cervical approach was the most common (80%). A mandibulotomy was required in just 5.7% of primary cases. The most frequent complication was cranial neuropathy, identified in 22,2%. Of these, 75% were sequelae from resection of neurogenic tumors. Median follow-up was 6.5 years. Conclusion: PPS tumors require a high index of suspicion to diagnose them at an early stage. Complete surgical resection is the mainstay of treatment. The optimum surgical approach needs to be selected on an individual basis, but the cervical approach is safe and effective for most PPS neoplasms

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