Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas MonizObjetivo: Avaliar a resistência adesiva à dentina, por microtração (μTBS), de sistemas adesivos self-etch e universais recentemente introduzidos no mercado.
Materiais e Métodos: 30 molares humanos hígidos, foram aleatoriamente distribuídos por dez grupos (n=3): (1) FL1, OptibondTM FL, 24h; (2) FL2, 3m; (3) SEP1, Clearfil SE Protect, 24h; (4) SEP2, 3m; (5) S3B1, Clearfil S3 Bond Plus, 24h; (6) S3B2, 3m; (7) FMER1, Futurabond M+ na aplicação etch-and-rinse, 24h; (8) FMER2, 3m; (9) FMSE1, Futurabond M+ na aplicação self-etch, 24h; (10) FMSE2, 3m. Após a exposição da dentina superficial e simulação da smear layer com um papel abrasivo de 600-grit de carboneto de silício (SiC), construíram-se blocos de resina composta (Filtek Z250), em incrementos de 2 mm até 6 a 8 mm de altura. Após armazenamento em água destilada a 37ºC, durante 24h ou 3 meses consoante o grupo, as amostras foram seccionadas em palitos de 1 mm2 e o teste de microtração foi realizado a uma velocidade de 0,5 mm/min numa máquina de testes universal. Os dados foram analisados pela ANOVA two-way (p<0.05) e teste dos contrastes planeados.
Resultados: Os valores de μTBS do SEP são estatisticamente superiores aos restantes adesivos, às 24h e 3 meses, sendo que essas diferenças se acentuam aos 3 meses. O FL apresenta valores de μTBS significativamente superiores aos FMER e FMSE, às 24 horas e 3 meses, e não apresenta diferenças em relação ao adesivo S3B em nenhum dos momentos.
Conclusões: O SEP foi o adesivo que apresentou, nos dois períodos de avaliação, valores de resistência adesiva à dentina mais elevados. Já o adesivo FL apresentou uma performance igual à do S3B, às 24h e aos 3 meses, mas superior à do adesivo universal nas suas duas vertentes de aplicação (FMER e FMSE) em todos os momentos de avaliação