Farmacologia e doença renal no doente geriátrico

Abstract

Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas MonizA doença renal pode manifestar-se de formas distintas, apresentando, igualmente, múltiplas causas. A doença renal crónica afeta milhões de indivíduos em todo o mundo, maioritariamente idosos, sendo a causa e/ou consequência de outras patologias comuns em geriatria. Com uma função renal diminuída, estimada pela taxa de filtração glomerular, pode ser necessário o ajuste da dose de fármacos excretados por via renal, como por exemplo o alopurinol, a fim de não existirem efeitos adversos ou nefrotoxicidade. A presença de hipertensão, diabetes e dislipidémia é comum entre os idosos, promovendo a existência de polimedicação crónica. Nestes doentes é necessário a monitorização da função renal, uma vez que existe uma estreita relação entre estas patologias e a doença renal, colocando o doente em risco. É, então necessário, ajustar o mais rápido possível a dose à função renal estimada. Com o envelhecimento, surgem enúmeras alterações fisiológicas no organismo, que induzem modificações farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Estas alterações, aliadas à polimedicação originada pelas diversas comorbilidades características desta faixa etária, aumentam o risco de má adesão à terapêutica, reacções adversas e interacções entre fármacos, colocando a saúde do idoso em risco. Para impedir a utilização de medicamentos inapropriados pelo idoso, auxiliar a prescrição e prevenir complicações futuras, foram desenvolvidas variadas ferramentas, como os critérios de Beers e os critérios STOPP e START, com o propósito de otimizar a qualidade da prescrição e proteger o doente geriátrico

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