A posição portuguesa é hoje claramente favorável à Identidade Europeia
de Segurança e Defesa, propugnando o emprego pela UEO dos meios da
NATO e apoiando o objectivo de progressiva integração da UEO na União
Europeia. Esta orientação insere-se num desenvolvimento gradual da
doutrina desde que Portugal aderiu à União Europeia. Nesta, Portugal tem reagido à percepção da ameaça de marginalização relativamente aos
principais centros de decisão. Daí a vontade política no sentido de evitar
a condenação de Portugal a um estatuto de "perifericidade". Neste contexto
não é exagerado afirmar que a evolução da posição portuguesa em
matéria de identidade europeia de segurança e defesa se explica basicamente
pelas mesmas razões que levaram Portugal a integrar desde o início
o sistema de Schengen e a aderir ao Sistema Monetário Europeu, e que hoje
conduzem o governo a declarar como primeira prioridade a inclusão de
Portugal no núcleo fundador do euro. Com efeito, a preocupação de
Lisboa tem sido a de evitar que um qualquer "núcleo duro" venha a
remeter Portugal para uma segunda divisão europeia