research

Autobiographies de l'enfance - un siècle et deux écrivains dans la ville lumière

Abstract

A escrita do eu é um tema recorrente na literatura e na crítica literária actuais. Com ela problematiza-se o funcionamento da memória, a estetização do discurso subjectivo, entre outros aspetos da escrita literária na primeira pessoa. Propõe-se aqui a revisitação dos eus longínquos da infância de dois escritores que usaram o Francês como língua literária, e lembram, avançados na idade, as crianças que foram em Paris, há um século. Nathalie Sarraute e Jean-Paul Sartre recriaram-se meninos em Enfance e Les mots, autobiografias das infâncias de escritores, cujo compte rendu é publicado aos 59 anos de Sartre (1964) e aos 83 anos de Nathalie Sarraute (1984). Estes textos podem ser lidos como testemunhos de um desejo de compreensão dos indícios, na infância, daquilo que na vida adulta viriam a ser - escritores. Ao contar os seus mundos, distantes no tempo, reencontram-se e reinventam-se, a si próprios e à linguagem: às palavras, ao uso das palavras

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