O quadro específico da estratégia não tem de ser o conflito armado, mas implica sempre a competição entre diversos atores, cada qual com os seus próprios interesses, daí resultando inevitável fricção. As situações de crise podem tornar a estratégia mais
difícil de definir e implementar, mas também mais necessária do que nunca. Este texto é
uma reflexão sobre os elementos fundamentais para uma estratégia nacional. Irá abordar
primeiro as capacidades – tangíveis e intangíveis – indispensáveis à concretização de qualquer estratégia, e respectivas vulnerabilidades e potencialidades de Portugal, por forma a apresentar recomendações quanto à melhor forma de procurar minorar essas vulnerabilidade
e maximizar essas potencialidades. Depois olhará para os pilares da estratégia nacional
– vontade, inteligência; e daí procurar extrair recomendações quanto à melhor forma
de re-organizar a formulação da estratégia nacional para maximizar as suas capacidades a
esse nível, destacando-se a sugestão de criação de um Secretariado de Segurança Nacional com funções indispensáveis de coordenação e acompanhamento da implementação do planeamento estratégico e sua revisão. O texto terminará com uma reflexão relativamente à Grande Estratégia Nacional