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Controlo de perdas de água no sistema de distribuição de água a Portimão

Abstract

(INTRODUÇÃO) Os sistemas de abastecimento de água são constituídos por infraestruturas de produção e distribuição de um bem económico de grande valor que é a água para consumo humano. Para que possa atingir os seus objetivos de gestão, qualquer entidade gestora (EG) tem necessidade de procurar um bom grau de eficiência e de eficácia. A eficiência mede até que ponto os recursos disponíveis são utilizados de modo otimizado para a produção do serviço. A eficácia mede até que ponto os objetivos de gestão, definidos específica e realisticamente, foram cumpridos. O bom funcionamento de qualquer sistema de distribuição de água pressupõe que os consumidores tenham continuamente à sua disposição, nos locais de consumo, água potável em quantidade suficiente, à pressão adequada e com o menor custo possível. Para que tal seja possível é necessário que as infraestruturas existentes sejam adequadas, que os recursos naturais disponíveis sejam racionalmente utilizados e que este conjunto seja gerido com eficácia e sustentabilidade (ALEGRE et al, 2005, pág.21). Perante a necessidade de promover o uso eficiente da água em Portugal, surgiu o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), cujas bases e linhas de orientação foram aprovadas pela Resolução de Conselho de Ministros nº 113/2005, de 30 de Junho, onde são definidas metas a alcançar num prazo de 10 anos. O PNUEA é constituído por 87 medidas repartidas por 3 setores distintos, 14 destinam-se ao setor industrial, 23 ao agrícola, sendo as restantes 50 aplicadas ao setor urbano. Destas 50 medidas, 26 destinam-se simultaneamente ao setor industrial, perfazendo um total de 40 medidas aplicadas ao mesmo. Segundo o Plano Nacional da Água, 2002, as estimativas no ano 2000 indicavam um desperdício de água de 40% no sector agrícola, 30% no industrial e 40 % no sector urbano. Tendo em conta estes valores alarmantes, o PNUEA estabeleceu, para um período de 10 anos, metas a alcançar, nomeadamente reduzir para 20%, 35% e 15%, os desperdícios nos setores urbano, agrícola e industrial, respetivamente

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