O presente estudo dedica-se a compreender como o engajamento com o movimento
britânico de usuários/sobreviventes (SUSM) afetou a experiência de sofrimento mental dos
usuários participantes. Baseado em entrevistas com ativistas do movimento, nós analisamos suas
experiências pessoais; o processo de engajamento com o SUSM e seus relatos da dinâmica do
movimento; e finalmente, os efeitos do engajamento com o SUSM para suas experiências de
sofrimento mental. Nossos reultados indicaram que o engajamento com o movimento possibilita
aos participantes construir sentidos mais positivos para o seu sofrimento mental e reconstruir suas
identidades. O engajamento com o movimento também permitiu a eles desenvolver um novo
papel social. A pressão grupal e conflitos internos ao SUSM, assim como as relações de confronto
com atores externos, no entando, causa efeitos prejudiciais. Em geral, o envolvimento produz um
nível de transformação subjetiva para os envolvidos em relação ao seu sofrimento mental; ABSTRACT: The present study examines how engaging with the British service user/survivor
movement (SUSM) affected the experience of mental distress of mental health service users.
Based upon interviews with participants of this movement, we have analysed their personal
experiences of mental distress; the process of engagement with the SUSM and their accounts of
the movement's dynamics; the effects of the engagement with the SUSM to their experiences of
mental distress. Our results indicated that engaging with this movement allowed for participants to
construct more positive meanings for their experience and reconstruct identities. The engagement
with the movement also allows for them to develop a new social role. Pressure to conform,
internal conflicts within the SUSM and confrontational relations with external actors, however,
cause detrimental effects. Overall, engagement has produced a level of subjective transformation
to those involved in relation to their mental distress
