No contexto da ciência e da prática científica do século XVIII as observações
instrumentais meteorológicas ganharam o estatuto de um saber «útil para Nações cultas». Elas
iniciam-se no âmbito da sociabilidade científica da época – Academias e Sociedades Científicas.
Portugal fez parte deste movimento de internacionalização meteorológico setecentista. Médicos
e Militares encarregaram-se de obter pluviómetros, termómetros, barómetros, observar e registar
dados meteorológicos. Registos comunicados às Academias de Ciências, como a de Lisboa, dados
divulgados na imprensa literária e científica da época. As observações instrumentais meteorológicas
são um reflexo de uma prática científica e cultural que estabeleceu uma rede de meteorologia
europeia, um pilar da modernidade do Estado dos séculos XIX e XX, um sinal da internacionalização
da ciência em Portugal, numa perspetiva transnacional