research

Gestão da eficiência reprodutiva e produtividade em explorações de bovinos em regime extensivo. Experiência no Alentejo.

Abstract

No panorama nacional o Alentejo (classificação NUTS II) inclui cerca de 78% do total de vacas aleitantes (INE, 2013) pelo que se compreende a importância relativa na produtividade anual de carne de bovino nesta zona. Em Portugal o grau de auto-aprovisionamento de carne de bovino tem oscilado, nos últimos anos, em valores entre os 50 e os 80% (INE, 2013), muitas vezes reflexo das políticas agrícolas do momento. Por um lado para contrariar esta tendência e, por outro, para melhorar a sustentabilidade e rentabilidade individual das explorações é crucial melhorar a eficiência produtiva na bovinicultura nacional. Em Portugal a produção de bovinos com aptidão creatopoiética faz-se sobretudo em sistema extensivo, tentando maximizar os recursos endógenos, nomeadamente através do pastoreio. O recurso a suplementação, que aumentará os custos de produção, é reservado a períodos específicos na fase mãe ou na recria dos vitelos se o objectivo for também fazer um acabamento anterior ao abate, conseguindo assim resultados de crescimento superiores nos vitelos, por exemplo. Há depois outras variantes, no contexto da produção de bovinos de carne, como sejam a obtenção de fêmeas ou machos reprodutores ou outro tipo de produto final tais como vitelos de menor peso, machos castrados, vacas adultas, entre outros. Em qualquer dos casos a produtividade destas explorações está directamente correlacionada com a sua eficiência produtiva e com o número de vitelos obtidos por vaca e por ano sendo tanto mais eficientes quanto mais este valor se aproximar de 1, isto é, o objectivo é produzir um vitelo por vaca e por ano; é fácil perceber que o factor mais relevante para que tal ocorra é a maximização das taxas reprodutivas e, concomitantemente, a eficaz gestão reprodutiva das explorações. Perante os dados gerais conhecidos sabemos que os índices reprodutivos de muitos dos efectivos bovinos em Portugal são inferiores aos que é possível conseguir com uma gestão mais cuidada das questões reprodutivas ou à utilização de tecnologias da reprodução (Bettencourt, 2012; Lopes da Costa, 2011). É neste contexto que os médicos veterinários, como outros técnicos do sector poderão intervir, auxiliando os bovinicultores a melhorar os seus índices de produção. Depois é necessário demonstrar, através de dados de gestão económica, a necessidade de incrementar a performance das explorações pecuárias; não abordaremos com muito detalhe as questões da gestão económica pelas limitações de exposição na presente comunicação

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